Dando mais uma breve pausa no nosso especial de críticas
do Oscars 2017 (sejamos honestos: vai acontecer mais algumas vezes), vamos falar de um filminho que passou despercebido pelo radar
de muita gente quando foi lançado nos EUA no fim do ano passado e finalmente
chegou de maneira oficial ao Brasil nessa última semana (02/02):
Quase 18 (The Edge of Seventeen) é escrito e dirigido por Kelly Fremon Craig e estrelado Hailee Steinfeld, Haley Lu Richardson, Blake Jenner, Kyra Sedgwick e Woody Harrelson.
“Quase 18” conta a história de Nadine (Hailee Steinfeld), uma típica adolescente de classe média e os problemas de sua vida numa época como essa, com direito a drama, crises e revoltas. Cedo na sua vida, Nadine passa por um trauma e a partir daí sua vida “desmorona”: sua melhor amiga começa a namorar seu irmão. Com tudo isso, a moça se vê cada vez mais frequentemente fazendo do seu professor de história, Sr. Bruner (Woody Harrelson), um psiquiatra, ditando todos os seus problemas para ele durante o precioso horário de almoço.
“Quase 18” conta a história de Nadine (Hailee Steinfeld), uma típica adolescente de classe média e os problemas de sua vida numa época como essa, com direito a drama, crises e revoltas. Cedo na sua vida, Nadine passa por um trauma e a partir daí sua vida “desmorona”: sua melhor amiga começa a namorar seu irmão. Com tudo isso, a moça se vê cada vez mais frequentemente fazendo do seu professor de história, Sr. Bruner (Woody Harrelson), um psiquiatra, ditando todos os seus problemas para ele durante o precioso horário de almoço.
O longa não é exatamente novidade. Existem MILHÕES
de outras obras que tratam de alguém passando pela terrível época que é a
adolescência, mas ainda assim, este se mantém no topo do gênero, de uma maneira
que deixaria até John Hughes orgulhoso, principalmente pelo modo como ele é
escrito e, principalmente, atuado.
“Quase 18” é uma experiência de comédia (também) com
um roteiro genial. É muito interessante ver como Craig decidiu escrever os
adolescentes na obra. Aqui, eles agem como pessoas reais dessa idade agiriam.
Eles bebem, fazem festa, transam e, principalmente, falam palavrões. E essa é a
melhor desculpa para o filme ter a classificação indicativa que tem. Tem “porras”,
“caralhos” e “filhos da puta” pra todo mundo, e isso é muito bacana de se ver.
É o modo como colegiais agem, é o modo como eu e meus amigos e todo mundo do
mundo todo agia e isso é ótimo de ver num filme, sem nenhuma imposição idiota
do estúdio e restrições auto-impostas para garantir uma classificação de 13
anos e, consequentemente, um público maior e mais dinheiro. Que jeito melhor de
se identificar com um personagem quando ele é gente como a gente? Foda!
Todo mundo aqui está muito bem, mas é claro que o
destaque vai para Hailee Steinfeld, que já havia mostrado habilidade em “Bravura
Indômita” (True Grit, 2010 — quando foi indicada ao Oscar
de Melhor Atriz Coadjuvante). Ela segura as pontas muito bem, tanto que até foi
indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz em um filme de comédia ou musical
(embora Emma Stone tenha levado essa por seu trabalho em “La La Land”). Woody Harrelson
também está muito bem aqui, interpretando um professor que diz coisas que ninguém
nunca diria na vida real — não ao menos que estivesse afim de ser demitido —, e
as melhores risadas vêm da ÓTEMA química entre ele a Steinfeld.
E, mesmo sendo um pouco formulaico e até meio
previsível, esses problemas parecem menores quando a vida e o drama de Nadine são
tão fascinantes e engraçados.
“Quase 18” é uma ótima viagem de 104 minutos, com um
grande roteiro e ótimas atuações. Se você tiver a oportunidade de assistir a
este longa, por favor faça. Você não vai se arrepender.
AVALIAÇÃO: 4/5
"Ótimo" |
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