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domingo, 8 de julho de 2018

Beleza Oculta | Um bom filme para pensarmos um pouco mais na vida. (Dica do final de semana #10)

Sim, depois de um ano de recesso dos Titans, resolvi voltar com ele, afinal foram tantos anos de esforço construindo ele até o que é atualmente (ou era, ou até mais o que será dele), que seria meio que perdido todo esse trabalho que fazíamos e continuaremos a fazer (talvez com a mesma desatualização de sempre hehehe).
Sendo assim, não vi maneira melhor de voltar do que dando uma dica de final de semana em um bom filme que vi recentemente, Beleza Oculta que até então me parecia apenas um filme sessão da tarde e acabou me surpreendendo incrivelmente. Assim, falarei um pouco sobre minha experiência com o longa e uma breve crítica de sempre.




Beleza Oculta (Collateral Beauty) é dirigido por David Frankel, escrito por Allan Loeb, estrelado por Will Smith, Edward Norton, Keira Knightley, Michael Penã, Naomie Harris, Jacob Latimore, Kate Winslet e Helen Mirren.
Beleza Oculta conta a história Howard Inlet um ótimo publicitário bem sucedido e com uma vida perfeita, até o dia que sua filha morre (sim, é um daqueles filmes dramáticos em relação família, principalmente pra quem tem filhos, o que não é o meu caso). Após esse evento terrível em sua vida, Howard entra em depressão e passa a escrever cartas, mas não para pessoas e sim coisas, como a Morte, Tempo e o Amor. O problema é quando Tempo, Amor e Morte passam a aparecer em sua vida como pessoas e lhe dão (puta que pariu) aquela lição de vida.

O filme trata um assunto que vêm sendo um problema seríssimo atualmente, também conhecido como o mal do século ou depressão, mostra um homem que tinha tudo pra ser feliz e do nada sua vida vira de cabeça pra baixo, e se vê perdido em relação ao mundo. Acredito que a narrativa e a mensagem que ele quer nos passar é muito mais do que apenas um filme, afinal como iríamos nos sentir em uma situação como a de Howard? Como o nome do filme já sugere, devemos viver buscando uma beleza oculta em nossas vidas e é por isso que achei esse filme tão fantástico.

Ele te traz literalmente a sensação de como uma pessoa pode ficar após certos acontecimentos em sua vida e em muitos momentos te faz pensar como poderia agir naquele momento (bom pelo menos eu sou alguém que viaja nessas), Will faz muito mais do que atuar, ele consegue transmitir aquela sensação de luto eterno. Claro que não podemos dar todo o crédito para ele, afinal o roteiro foi muito bem escrito e amarrado as pontas das histórias ao longo do filme. E isso mais do que sinceramente me deixa feliz, afinal não há maior sentimento de ódio do que aqueles filmes com finais em aberto ou com um final sem noção (no melhor ou pior estilo de Os Suspeitos, ai que decepção)




Em relação as fotografias, há seus momentos mas não é aquilo que você diga "Minha nossa senhora que maravilha, vou usar de WallPaper". Claro que isso é totalmente justificável, muitas cenas mostram Howard (Will Smith) na escuridão, poderia dizer que faz uma alusão a depressão, então se essa foi a justificativa (apenas suposições), ponto positivo. Agora se foi apenas por meu impressionismo mesmo, tudo bem.

E como já disse sobre a atuação de Will Smith, nada mais justo que falar um pouco sobre o restante do elenco (aliás, que elenco do CARALHO), acho que só por isso que está em parenteses podemos encerrar aqui...Brincadeiras a parte, é muito bacana você ver um filme onde as pessoas estão atuando dentro da atuação, como o que acontece com a atriz Keira Knightley, seu papel é como o Amor, mas como atuar um sentimento e não uma pessoa, e mesmo ela não sendo uma das minhas favoritas nesses elenco todo, foi animal.
Claro que o filme não é um daqueles que concorre o Oscar de melhor filme, mas tem um ponto chave, se liga na equação (Roteiro bom e amarrado + Elenco do CARALHO = Vocês deviam assistir), entenderam?




E mais uma vez vou falar, eu simplesmente adorei o filme, a ideia de você ter a oportunidade de falar com coisas tão próximas a nós, como o próprio Tempo ou até mesmo mexer conosco em relação ao sentimento de viver uma dificuldade em nossas vidas. E por último e não menos importante, é um daqueles filmes que tem um Plot no finalzinho, que você olha e fala "Eita porra, mas como isso?" ou "Mentira!". Então como minha equação acima já lhes disse, assistam o filme.

Claro que fiquei com aquela sensação de "E se eu tivesse a oportunidade de falar com a Morte, Tempo e Amor, o que eu diria"? E ae o que diriam?

NOTA FINAL: 4.5/5
"Excelente"

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

De Volta Ao Jogo | John Wick é um badass num dos melhores filmes de ação da década! (Dica do final de semana #9)

Inicialmente eu planejava trazer outro filme na recomendação desse fim de semana, mas foi então que me toquei que a sequência do longa que recomendarei hoje, “John Wick 2: Um Novo Dia Para Matar”, chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira que vem (16/02)! Então temos o cenário perfeito: estamos a uma semana da estreia da sequência e o primeiro filme está na Netflix! Sendo assim, vamos falar dele e a ideia original fica pra daqui a duas semanas (temos uma surpresa para a sexta-feira que vem):




De Volta ao Jogo (John Wick) é dirigido por Chad Stahelski e David Leitch, escrito por Derek Kolstad, estrelado por Keanu Reeves, Willem Dafoe, Adrianne Palicki, Alfie Allen, John Leguizamo, Lance Reddick e Michael Nyqvist e é um puta filme foda.
“John Wick” (perdão, o nome brasileiro é muito longo :D) conta a história de... bem... John Wick (Keanu Reeves), um assassino aposentado que trabalhava para a máfia russa em Nova York que é forçado a voltar ao submundo do crime em busca de vingança. O longa, lançado em 2014, mesmo contando com uma trama extremamente simples (o que finalmente “clica” em Wick e desperta seu desejo de vingança de início pode até parecer meio besta, mas não é. E funciona), ainda é extramente divertido.

Dirigido por dois ex-dublês, “John Wick” foi definitivamente um “sopro de ar fresco” no gênero de ação nos cinemas. Numa era e num ano em que filmes como as franquias “Jogos Vorazes” e “Os Mercenários” e até mesmo “Busca Implacável” são considerados pináculos do estilo, o longa é um grande alívio.

Stahelski e Leitch comandam as cenas e, ao lado do diretor de fotografia Jonathan Sela (que curiosamente trabalhou nos horrorosos “Max Payne” e “Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer”), as câmeras de uma maneira fantástica. Com longos takes e uma economia invejável em cortes, “John Wick” flui de tal maneira que é prazeroso assistir, enquanto filmes dirigidos por Olivier Megaton, por exemplo, são um inferno de edição e ângulos esmagados em grandes quantidade num só segundo.

Falando em fotografia... e que fotografia, meus amigos! Dos movimentos suaves e precisos das câmeras à escolha da paleta de cores que lentamente (e tematicamente) vai mudando seu tom conforme a trama avança, “John Wick” é, provavelmente, um dos filmes de ação mais bem capturados dessa década.




Todo mundo aqui está muito bom, de verdade, mesmo que as atuações não sejam dignas de um Oscar, por exemplo, até atores que são geralmente ruins por regra (como John Leguizamo), está ótimos. Mas o destaque vai todo para Keanu Reeves, claro. Um dos atores mais dedicados do mercado desde sempre, Reeves, além de ter uma habilidade impressionante de entregar diálogos clichêzões de uma maneira que você acredita, ainda é um grande “dublê de si mesmo”. Para melhor colocar: Reeves não usa dublês (assim como Tom Cruise, por exemplo) e faz todas as suas cenas mais exigentes fisicamentes, todos os seus malabarismos, sozinho, e isso é uma das coisas mais importantes num filme desse tipo. Não é desmerecer o trabalho de dublês, mas notar que é o próprio ator que está fazendo alguma cena durante o filme, sem que o diretor precise arranjar diversos modos de esconder o dublê — filmando pelas costas ou sacudindo a câmera, ou sei lá — é uma das melhores coisas do cinema. E Reeves faz esse trabalho muito bem. MUITO bem. E John Wick é um badass sem dimensões. Aliás, é extremamente interessante notar como os diretores optaram por criar o necessário de tensão para que a audiência consiga se importar com o protagonista: mesmo tendo sido o melhor do ramo, Wick já está aposentado há anos.




Falando nisso, por ser dirigido por dois ex-dublês, as cenas de ação desse longa são de cair o queixo de verdade. Ficam como destaques as cenas na casa de Wick e na boate, cena essa que é a melhor cena em uma casa noturna desde “Colateral” (Collateral, 2004).

“John Wick” é um excelente filme de ação. Fluído e muito bem dirigido, com uma fotografia maravilhosa e um protagonista tão cativante e ainda por cima com uma mitologia extremamente interessante, não é surpresa que caiu nas graças do público e vai ganhar uma continuação na semana que vem. Não fosse pelo final do terceiro ato, desnecessário, certamente ganharia a nota máxima aqui. Mas nem por isso é um filme para deixar passar batido. Entre nessa sua conta da Netflix aí e assista “John Wick” agora!


AVALIAÇÃO: 4.5/5
"Excelente"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Dois Caras Legais | Um dos melhores filmes do ano passado. (Dica do final de semana #8)

Dando uma breve pausa no nosso especial de críticas de filmes indicados ao Oscars 2017, quero comunicar para o mundo inteiro que finalmente estamos de volta com o nosso “quadro” semanal de recomendações! Depois de tanto tempo parado, o “Dica do Final de Semana” voltou! E devo confessar que a dica de hoje não está nada menos do que sensacional. Tá afim de assistir um dos melhores filmes do ano passado, no conforto da sua casa usando o Netflix? Então vamos lá:




Dois Caras Legais (The Nice Guys) é dirigido por Shane Black, escrito também por ele em parceria com Anthony Bagarozzi  e estrelado por Russel Crowe e Ryan Gosling.
Surpreendentemente, o longa passou completamente despercebido pelo radar de muita gente. Infelizmente, na verdade, porque não só ele merecia estar no Oscar como foi um dos melhores — se não o MELHOR — filme do ano passado! E o melhor de tudo: ele está na Netflix brasileira!

Em “Dois Caras Legais” Jackson Healy (Russell Crowe) é um cara que, embora se enxergue como um detetive particular, ganha a vida sendo contratado pra bater em pessoas e “mandar avisos”. Por outro lado, Holland March (Ryan Gosling) é um detetive particular falido e descuidado que é contratado para investigar uma atriz pornô que foi dada como morta após um acidente e depois foi vista super vivona.

Interessantemente, “Dois Caras Legais” resgata aquele quase-finado gênero de buddy cop de filmes como a tetralogia “Máquina Mortífera” (Lethal Weapon, 1987, 1989, 1992 e 1998) com uma ótima veia de comédia. E tudo funciona muito bem.

A direção de Shane Black (mais conhecido por ter dirigido aquele horror que foi “Homem de Ferro 3”, mas também por ter dirigido o ótimo “Beijos e Tiros”) é impecável e o diretor sabe muito bem como e quando quebrar a seriedade com piadas extremamente engraçadas e, principalmente, bem colocadas.




Mas o que definitivamente segura todo o filme é a química entre Russell Crowe e Ryan Gosling. De fato, a premissa da obra não é exatamente algo que vá explodir sua cabeça, mas ela não perde a força e te prende a atenção graças aos dois atores em tela. Por conta deles você investe na trama, e isso é ótimo. Curiosamente, diferente da maioria de filmes do estilo, os dois personagens não são extremos opostos que, por milagre, acabam por funcionarem juntos e virarem grandes amigos para sempre. Eles são, em muitos aspectos, bastante semelhantes.

E, por mais que Crowe e Ryan sejam extremamente carismáticos aqui, existe ainda um grande destaque para a filha do personagem de Gosling: Holly March (Angourie Rice). Ela é mais que ótima! A personagem é uma daquelas que falam bastante coisas “de adulto” e você, geralmente, pensa “oh, que fofinha”, mas não aqui. Aqui, Angourie dá um show tão grande que convence e tudo parece muito autêntico. É como se ela fosse uma espécie de sidekick para a dupla, se sidekicks fossem tão fodas quanto ela.

No fim das contas, “Dois Caras Legais” é um filme fantástico. O carisma de Russell Crowe e Ryan Gosling é incrível, Angourie Rice dá um show a parte, a direção de Shane Black é impecável, a autenticidade de tudo dá um verdadeiro ar de que o filme realmente se passa na década de 70 e a trama é pontuada de forma magistral de um humor extremamente eficiente. Se você assina a Netflix, corre lá pra assistir esse filme.


AVALIAÇÃO: 5/5
"Extraordinário"

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Colateral | Talvez o melhor trabalho de Michael Mann. (Dica do final de semana #7)



Colateral (Collateral) é um filme de ação dramático dirigido por Michael Mann e estrelado por Tom Cruise e Jamie Foxx.

No longa, somos apresentados a Vincent (Tom Cruise), um assassino de aluguel que acaba por tomar um táxi que é dirigido por Max (Jamie Foxx), que tem o sonho de abrir a sua própria companhia de limusines. Vincent força Max a levá-lo ao redor da cidade até cada um de seus alvos ao longo de uma noite bem merda para Max.

Esse filme é fantástico. Pronto, falei. Não é a toa que ele é um dos meus filmes favoritos.

O enredo de Colateral funciona muito bem por diversos motivos. Primeiramente, Tom Cruise é o vilão da história! O quão raro é isso? A maioria das vezes, Cruise é o herói de tudo, o cara que vai salvar o dia, e aqui ele é o vilão, o cara que você supostamente deve odiar e antagonizar. Entretanto...

Gosto de tratar Colateral como tendo dois tipos de enredo. Um thriller contido e, de certa forma, claustrofóbico, que rola durante todo o tempo em que os personagens estão dentro desse táxi. Essas cenas são os momentos em que aprendemos mais sobre os dois personagens, seus passados e suas vidas pessoais e é nesses momentos que os personagens se desenvolvem. No táxi, nós vemos como Max e Vincent são completamente opostos, mas, ao mesmo tempo, possuem similaridades assombrosas. Ambos são pessoas “quebradas” e amarguradas, que vivem de seus trabalhos, o que te faz pensar “o que esse Vincent faz quando ele não está matando pessoas?” ou “o que esse Max faz quando ele não está dirigindo esse táxi pela cidade?”. O diretor até chegou a dar uma pasta a Tom Cruise com fotos e textos que retravam a infância de Vincent, e isso só mostra o brilhantismo de Michael Mann em seu trabalho.




Há também a participação de Mark Ruffalo, que mais tarde seria conhecido como Bruce Banner nos filmes da Marvel. O cara também é um ator incrível e extremamente subestimado, mas que sabe dar seu show particular de interpretação em quase todos os seus papéis. Aqui, ele interpreta um detetive da polícia que está investigando esse caso e ele é, possivelmente, o único cara disposto a acreditar em Max a respeito de tudo que está acontecendo. Mais uma vez, conforme passa o filme e nós vamos conhecendo mais o personagem, aquela pergunta volta à tona: “o que esse cara faz quando ele não tá trabalhando na polícia?”. Caramba! Esse roteiro é excelente!

O roteirista creditado por Colateral é Stuart Beatie, o homem que, mais tarde, viria a escrever e dirigir Frankenstein: Entre Anjos e Demônios (I, Frankenstein, 2014 | Confira a crítica clicando aqui). Por muitos anos, rolou o rumor de que Michael Mann e Frank Darabont reescreveram o roteiro do filme, mas não foram creditados. Vai entender o que aconteceu... é melhor acreditar no rumor mesmo.

Mas quem quer que tenha realmente escrito o roteiro de Colateral tem os meus parabéns, por que é uma composição simplesmente fantástica de acontecimentos e desenvolvimento de personagem.

Por outro lado, nós temos esse thriller aberto e “mais livre” durante os momentos em que os personagens saem do táxi para as ruas de Los Angeles, em boates, becos e ruas desertas e são nesses momentos em que a ação ocorre.




Colateral é um filme lindo. Sua direção de fotografia é definitivamente uma das melhores que eu já vi em toda a minha vida. A vida noturna de Los Angeles é simplesmente lindíssima nesse filme, e há aquelas pessoas que estiveram na cidade à noite e dizem que ela nunca pareceu tão linda como em Colateral. O diretor utilizou diversas câmeras em alta definição de baixo custo, o que resulta no visual único, granulado e cru.

Outra coisa que esbanja o talento de Mann é a brilhante cena na boate, onde temos um intensivo uso da câmera na mão e ângulos inusitados. Pessoas passam na frente da câmera durante muitos momentos e você esquece facilmente que tudo aquilo está sendo filmado e não é você que está lá na hora... Meu deus!

A trilha sonora é matadora e combina com os momentos mais marcantes do filme. Ela é ausente quando precisa ser, calma quando necessária e furiosamente alta, rápida e empolgante nos momentos de mais ação. Além de ter uma das músicas que mais se destacaram depois do lançamento do filme, a eletrônica “Ready, Steady, Go!” de Paul Oakenfold.




O desempenho de Tom Cruise aqui é possivelmente o melhor que eu já vi, e isso é exaltado nos momentos em que Vincent está no táxi, junto de Max, falando sobre seu passado, sua relação com seu pai e etc. Todo o suspense que sua atuação cria em torno de seu personagem e a sensação de que Vincent pode explodir a qualquer momento e matar alguém é simplesmente fantástico.

Jamie Foxx dá, sim, a sua melhor performance de todos os tempos e ele é um grande exemplo daquele tipo de ator que, sob uma direção foda, consegue cativar qualquer um, tanto que seu trabalho nesse filme lhe rendeu uma nomeação ao Oscar de melhor ator coadjuvante.

Se você nunca assistiu Colateral, você está perdendo seu tempo. Na minha opinião, é um dos melhores filmes da década passada e é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. É um exemplo de direção, direção de fotografia, roteiro e atuação, tudo num fantástico thriller dramático.


Você tem que assistir Colateral.


AVALIAÇÃO: 5/5
"Extraordinário"

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

As duas faces de um crime | Culpado ou Inocente? (Dica do final de semana #6)



O filme "As duas faces de um crime" , dirigido por Gregory Hoblit, no elenco Richard Gere e Edward Norton é nossa dica da vez.

Tenho que dizer que realmente vale muito a pena ver o filme, é muito bom mesmo, esse foi o primeiro filme da carreira do Norton e já conseguiu uma indicação ao oscar.

A historia é sobre um advogado famoso, Martin Vail, (Richard Gere) que decide defender um jovem acusado de matar um arcebispo, para poder defende-lo Vail investiga por si próprio o assassinato.

O roteiro é totalmente intrigante e te segura, fazendo você se perguntar o tempo todo se ele é inocente ou culpado pelo crime, é verdade o que esta dizendo? Existe uma verdade? Diálogos interessantes e alem do final do filme em parceria perfeita com a atuação do jovem Norton que te deixa pasmo.

As duas faces de um crime é um filme simples, mas que narra uma baita de uma historia.

NOTA FINAL: 4.5/5
"Excelente"

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Bronson | O currículo perfeito do prisioneiro mais violento da Grã-Bretanha. (Dica do final de semana #5)



De volta nessa bagaça, bem que me lembrei que na última e única vez que escrevi nesta série eu falei sobre Drive, um maravilhoso filme indie que tava sozinho no catálogo do Netflix precisando ser mais visto. No artigo em questão (veja aqui), comentei que o diretor Nicolas Winding Refn também foi o arquiteto um pequeno filminho chamado Bronson, a produção responsável por colocar o ator Tom Hardy no mapa. Portanto, vamos falar de Bronson.

Bronson, dirigido por Nicolas Winding Refn e estrelado por Tom Hardy, o filme, baseado em fatos, conta a história de Michael Peterson (Tom Hardy), um cara meio louco da cabeça que, quando criança, após assistir ao filme Death Wish, adotou como pseudônimo o nome do famoso ator Charles Bronson. De acordo com a imprensa britânica, Michael/Charles é o prisioneiro mais violento da Grã-Bretanha.

Com sua cabeça raspada e um bigodão estilo Joseph Stalin, seu passatempo favorito é ficar nu, aplicar em si sua pintura de guerra à base de graxa e ir à ação. E ação geralmente quer dizer fazer um refém, esperar os guardas virem resgatá-lo e começar uma sangrenta porradaria até ser derrubado por cassetetes. E ele já fez isso repetidas vezes, talvez porque o goste. Inicialmente sentenciado a 7 anos (você sairá em três, disse-lhe sua mãe no tribunal) de prisão por um assalto a mão armada, Bronson já serviu 34 anos quase ininterruptos (ficou livre por 69 dias), dos quais 30 ele passou só na solitária. Sério, isso é tudo de verdade.




No auge de seus 92 minutos, não espere que Bronson é um filme introspectivo e interpretativo como Drive, por exemplo. São 92 minutos de pura fúria e ira e um show de atuação do Tom Hardy, que dá um ar animalesco de brutalidade crua ao papel.

E não parece haver um 'por quê'. Nós não sabemos, o filme também não sabe. E se Bronson sabe, ele não fala. E essa é uma bela ideia de Winding Refn, que além de diretor é co-roteirista. Não existe, por exemplo, nenhum flashback demonstrando uma infância traumatizada do protagonista, afinal, nas próprias palavras de Charlie, ele nasceu em uma família de classe média comum e nem culpa sua infância pelo modo como é hoje.

Talvez por ser tão cru e direto, guiado pela direção firme e ótima de Winding Refn, o roteiro consistente e a ótima atuação de Hardy, além de ignorar razões e consequências, que Bronson seja tão interessante de se ver. Alguns dizem que insanidade é fazer a mesma coisa repetidas vezes esperando resultados diferentes. Caso seja a verdade, então Bronson não é insano. Ele faz a mesma coisa repetidas vezes esperando sempre o mesmo resultado. Há ainda aqueles que acreditam que existam comportamentos humanos que estão além da compreensão, e este filme parece seguir essa ideia. E não há nada de errado nisso.


AVALIAÇÃO: 4/5
"'Ótimo"


*Aliás, se você não está acreditando na história de Michael Peterson, que depois virou Charles Bronson e hoje se chama Charles Salvador (e tem 62 anos e continua preso), dá uma checada nesse artigo da Wikipédia americana clicando aqui.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Guerra ao Terror | Adrenalina? Sangue frio? O que é necessário em uma guerra? (Dica do final de semana #4)


Não sabe o que assistir nesse final de semana? Nosso conselho é o filme Guerra ao Terror!

Dirigido por Katheryn Bigelow (A Hora Mais Escura) e como protagonista o ator Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), esse longa ganhou o Oscar de melhor filme do ano contra nada mais e nada menos que Avatar!!! Só por esse feito já vale a pena conferir o filme.

A historia é sobre uma equipe de desarmamento de bombas durante a guerra no Iraque, esse grupo é liderada pelo William James (Jeremy Renner) que também é o grande destaque, ele consegue segurar o filme não deixando um clima tão sombrio e tenso, que normalmente é causada pelo tema por si só, guerra.

É um personagem totalmente frio e calmo quando se trata de momentos de vida ou morte, além do mais interessante ele realmente gosta da adrenalina do que faz, ele gosta de estar dentro de uma guerra e essa confiança é passada para o espectador, assim como dito deixando o filme mais leve.



Mas não se engane, não é o tipo de filme que seria bom para crianças verem, existe momentos que são muitos tensos e forte até mesmo para alguns marmanjos, nunca é legal ver uma cirurgia.

Apesar de Katheryn ter feito grandes filmes, se tratando de direção esse não o melhor filme dela, mas isso não o diminui, até porque mesmo assim o filme ganhou o Oscar de melhor direção.

Para quem gosta de filmes de guerra esse é absolutamente um que vale a pena ver.


AVALIAÇÃO: 4/5
"Ótimo"

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O Vencedor | Boxe e Drogas (Dica do final de semana #3)


Continuando a série "Dica do final de semana", que tem como objetivo mostrar para você leitor do blog alguns filmes que valem a pena assistir, mas que muitas vezes não chamam tanta atenção ao grande publico ou não tem bilheterias arrasadoras.

Agora nosso conselho é o filme O Vencedor, que recebeu sete indicações ao Oscar, dirigido por David O. Russel (Trapaça) e que contém no elenco Mark Wahlberg e Christian Bale (Batman, Moisés, John Connor, Psicopata Americano entre outros, é esse cara manja).

O filme conta a historia de dois irmãos boxeadores, Dick (Bale) é o mais velho, ex-boxeador e viciado em drogas treina seu irmão mais novo Micky (Mark) que está tentando a vida no mesmo esporte, é um drama baseado em fatos reais, que tem como fundo para contar a narrativa um documentário que a HBO estaria fazendo sobre as drogas, utilizando como exemplo a vida do personagem do Dick Eklund.


Preciso destacar a atuação do Christian Bale, não foi atoa que ele ganhou um Oscar nesse longa, o filme consegue ser totalmente leve e não entediante de assistir principalmente por seu personagem, carismático, divertido e bem trabalhado. Se você observar esse filme foi feito entre o segundo e terceiro Batman, ao comparar o porte físico dos personagens da para ter uma ideia de quanto ele como ator se dedica ao seu trabalho.

O filme chegou também a concorrer à um Oscar de melhor direção, para quem curte filmes de boxe ou filmes de drama, esse é um que você não pode deixar de assistir.


AVALIAÇÃO: 4.5/5
"Excelente"

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Drive | Entrar. Sair. Fugir. (Dica do final de semana #2)



E aí que aconteceu de estarmos fazendo uma série semanal com posts recomendando algum filme (geralmente presente no catálogo da Netflix) que não recebeu o reconhecimento merecido pra você assistir no fim de semana. Quando soube da ideia, naturalmente, 13 bilhões de filmes me vieram à mente, mas só um se destacou por se encaixar como uma luva nesses requisitos...:

Drive é dirigido por Nicolas Winding Refn, um dinamarquês não muito conhecido no mundo "mainstream", mas que já botou no mundo filmes que são, por alguns (inclusive pelo Festival de Cannes), considerados verdadeiras obras de arte, como Bronson (2008), talvez o responsável por revelar Tom Hardy para o mundo, antes de O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012) lançá-lo ao estrelato, Valhalla Rising (2009) e, seu mais recente esforço, Só Deus Perdoa (Only God Forgives, 2013). Com elenco composto por Carey Mulligan, Christina Hendricks, Bryan CranstonOscar Isaac, Ron Perlman, Albert Brooks e encabeçado por Ryan Gosling — um cara bem mais conhecido que o diretor, mas famoso justamente por aparecer sempre em produções indie — Drive é, possivelmente, uma obra de arte, também.

No longa, que é baseado no livro homônimo escrito por James Sallis, nós somos apresentados ao personagem de Ryan Gosling — um cara bem daquele tipo Clint Eastwood de Homem-Sem-Nome durão —, que trabalha como dublê em filmes, onde ele é o responsável por dirigir os carros nas cenas de perseguições que costumam ser bem perigosas, mas que durante a noite, assume o papel de piloto de fuga contratado para criminosos (Carga Explosiva? Qualquer coincidência é mera semelhança... DIGO...). Ele conhece Irene (Carey Mulligan), uma mãe de um garotinho que, juntos, moram no apartamento ao lado do seu.




Os três desenvolvem uma relação bem bacana, quase (quase) chegam a serem uma família, mas quando o marido de Irene, Standard (Oscar Isaac), que estava na prisão, volta para casa, umas merdas começam a acontecer, Irene e seu filho são ameaçados e Ryan Gosling decide resolver essa treta.

Eu não vou revelar nada mais sobre o enredo e você deve assistir para saber o que acontece, mas o resultado pode não ser o que você espera.

Quase um Bullitt do novo século, Drive conta com muita ação e, mesmo demonstrando um lado meio romântico, talvez não seja o filme mais indicado para pessoas que se impressionam fácil. Mas calma lá, não há nada aqui que se assemelhe a acontecimentos de filmes como Killer Joe ou o próprio Só Deus Perdoa, mas alguns podem dizer que há um pouco de over-the-top em certas cenas, embora, na visão desde que vos escreve, tudo é justificável.




A atuação dispensa comentários. Ryan Gosling vem se mostrando um puta dum ator versátil em diversos trabalhos e em Drive não é diferente. Mesmo com um personagem que fala pouquíssimas vezes (na verdade, o longa inteiro é contado através de poucos diálogos mas, de todos os personagens, o de Gosling é o que menos abre a boca), sua interpretação simplesmente majestosa não precisa de diálogos para desenvolver seu personagem e, sinceramente, você sempre quer saber mais dele. O resto do elenco é igualmente sensacional, claro. Principalmente os dois vilões de Ron Perlman e Albert Brooks.

A fantástica direção de Winding Refn, somada à incrivelmente linda direção de fotografia de Newton Thomas Sigel, Drive ganha um ar único que parece ser uma mistura daquele "charme" que só se vê em filmes indie com uma produção digna de uma obra-prima. Coisa que Drive é, por sinal.

Talvez por ser um filme que respeita sua audiência e a obriga a pensar sobre o filme se quiser entender o que acabou de ver que Drive captou tanto o meu interesse, e você deveria dar uma olhada nele também.


AVALIAÇÃO: 5/5
"Extraordinário"

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O Grande Truque | Olhe mais de perto (Dica do final de semana #1)



Imagino que alguma vez na sua vida você ao chegar no final de semana se deparou com um grande dilema, o que assistir? Ai você abre o Netflix e vê uma lista "gigante" de filmes, mas sem saber ao certo o que realmente vale a pena ou não gastar seu tempo.

Essa série que começaremos no Titans Desatualizados é exatamente para lhe ajudar nisso, toda sexta feira postaremos conselho de algum filme para ver, normalmente filmes que não chamaram tanta atenção, mas que vale a pena conferir, tentarei ao máximo utilizar a Netflix como base (bem que poderia ganhar uma conta vitalicia por isso...) já que sem duvidas hoje em dia é a forma mais fácil e usada para ver filmes, basicamente então tentarei te ajudar a explorar melhor o que você tem a sua disposição.

A primeira dica é o filme O Grande Truque do diretor Christopher Nolan (trilogia Cavaleiro das Trevas), no elenco nada mais e nada menos que alguns grandes nomes de peso, como Hugh Jackman (Wolverine), Christian Bale (Batman)  e Scarlet Johansson (Viúva Negra), apenas por esses nomes você tem ideia que é algo que vale a pena dar uma olhada.

O filme é contado através de dois mágicos cada um lendo o diário do outro assim percebendo a visão de cada um dos acontecimentos que vão ocorrendo no filme. A narrativa trata-se de dois mágicos que por causa de alguns acontecimentos em suas vidas pessoais se tornaram grandes rivais, para não dizer inimigos.

Isso faz com que cada um tente sempre superar os truques do outros, sempre desenvolvendo novos truques e nunca ficando por baixo.

O que torna o filme tão interessante? Além de ser bem contada o filme faz você o tempo todo ficar ligado na tela por diversos motivos, a tentativa de encontrar um lado com quem se identifique, muito difícil dizer quem é o bem e quem é o mal, qual dos dois estão certos, outra coisa que te pega durante o filme é as próprias mágicas será que realmente é um truque? Ou até que ponto vale o sacrifício para fazer aquele truque?

Durante toda a trama varias perguntas são dadas, mas nenhuma respondida, até que no grande clímax do filme, o grande truque é revelado e vem aquela sensação de "boom!" na sua cabeça, tudo se encaixa, características de filmes como Clube da Luta ou Seven.

Uma trama muito bem amarrada, uma direção impecável, atores extraordinários e um filme que faz constantemente sua cabeça trabalhar, não apenas mais um blockbuster de explosões e efeitos, para quem quer fugir um pouco daqueles filmes de sempre, esse é um que vale a pena dar uma conferida.


NOTA FINAL: 4.5/5
"Excelente"


Assistiu? Comente aqui o que você achou do filme! Ou que tipo de filmes você quer que mostremos nessa série, comédia, drama, terror, ação?