Com a nossa série de posts em preparação para Batman v Superman: A Origem da Justiça, que chega aos cinemas no próximo dia
24/03, chegando ao fim, só faltam mais dois filmes para falarmos sobre. Vamos
agora falar do filme mais recente do universo cinematográfico da DC, que foi
lançado há três anos:
Aviso: Caso você não tenha assistido ao
filme, saiba que a critica a seguir contém alguns spoilers! Você foi avisado...
Lançado
em 2013 e sendo o precursor direto de BvS,
O Homem de Aço (Man of Steel) foi dirigido por Zack
Snyder e escrito por David S. Goyer e
Christopher Nolan, trazendo um
grande elenco composto por Henry Cavill,
Michael Shannon, Kevin Costner, Amy Adams, Diane Lane, Russell Crowe e Laurence Fishburne.
Depois
do retorno financeiro insatisfatório de Superman:
O Retorno e o sucesso de Batman
Begins e, principalmente, de Batman: O Cavaleiro das Trevas, a Warner
começou a repensar o Homem de Aço e decidiu recomeçar tudo, encomendando um
reboot que seguisse os moldes que a trilogia do Homem-Morcego de Christopher
Nolan apresentou, como um universo mais realista (na medida do possível, no
caso do Superman) e sombrio. E então, sete anos após o quinto filme do herói,
eis que nós revemos sua origem.
O
filme abre, assim como o primeiro longa de 1978, em Krypton e nós (re)vemos
várias coisas como o nascimento de Kal-El, as preparações para enviar o garoto
para outro planeta, o julgamento de Zod
(Michael Shannon) e sua equipe e a destruição de Krypton, só que dessa vez com
muito mais detalhes. Temos algumas amostras da cultura Kryptoniana, algumas
espécies nativas do planeta e uma espécie de breve “guerra civil” e Zod com
suas motivações de “raças superiores”. Somos apresentados à um Jor-El (Russell Crowe) diferente, um
Jor-El porradeiro.
O Homem de Aço, assim como Batman Begins, também segue uma
estrutura de narrativa não-linear, repleto de flashbacks e flashforwards, e em
algumas vezes isso pode dificultar o entendimento e requer uma atenção
redobrada.
As
atuações são todas boas, principalmente as de Kevin Costner como Jonathan Kent e Russell Crowe. Um dos
maiores problemas do longa, no entanto, reside no roteiro e seus personagens
extremamente mal desenvolvidos. O Homem
de Aço não demora para cair direto na ação desenfreada.
A
direção de Zack Snyder e a
fotografia de Amir Mokri não são
muito boas. Primeiramente, eu fiquei surpreso quando descobri que esse filme
foi capturado em filme fotográfico! Mas de que adianta usar filme se, na
pós-produção, você vai tirar todas as características dele? O Homem de Aço é tem um visual bem
moderno, contemporâneo, e é recheado de efeitos especiais. Na verdade, o filme
parece depender demais da computação gráfica.
A
imagem é bastante limpa e o contraste é relativamente alto, mas o longa tem uma
certa ausência de cores. Um tom frio e azulado permeia toda a película de 143
minutos e tudo é muito sombrio, até mesmo o característico uniforme
vermelho-e-azul do herói é em tons mais escuros.
A
câmera é inquieta e o movimento é incessante, com repetidos crash-zooms (zooms
rápidos, bastante usados por Quentin Tarantino em seus filmes, por exemplo) e o
uso absurdo de lens flares (uma maldita maldição que começou a se tornar
popular com o renascimento de Star Trek
por J. J. Abrams). É certo dizer que tudo em O Homem de Aço foi feito para impressionar, para ser um espetáculo
visual, e nada além disso.
O Homem de Aço é um filme com
personagens rasos, um romance que não convence (nada de inesperado vindo de uma
história escrita por David S. Goyer e Christopher Nolan) e uma história bem
simples, mas ainda assim é um blockbuster bem divertido de se ver.
AVALIAÇÃO:
3/5
"Bom" |
0 comentários:
Postar um comentário