terça-feira, 22 de março de 2016

Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge | A conclusão nada épica para a trilogia. (Crítica)



E nós finalmente chegamos ao fim de nossa série de posts em preparação para Batman v Superman: A Origem da Justiça, que chega aos cinemas nessa quinta-feira (24/03), depois de uma incansável sequência de “assiste-escreve-posta” que durou 13 dias! Sem mais delongas, vamos finalmente falar sobre o último filme da lista. Começamos em Gotham, terminamos em Gotham:
            
Aviso: Caso você ainda não tenha assistido ao filme, saiba que a crítica a seguir está repleta de spoilers! Você foi avisado...
            

Lançado quatro anos após o seu antecessor, em 2012, Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge foi, novamente, dirigido por Christopher Nolan, mais uma vez escrito pelo mesmo em parceria com seu irmão Jonathan Nolan e trouxe um elenco composto pelo retorno de Christian Bale, Michael Caine, Morgan Freeman e Gary Oldman e os novos nomes de Tom Hardy, Marion Cotillard, Anne Hathaway e Joseph Gordon-Levitt.
            
Depois do gigantesco sucesso de O Cavaleiro das Trevas, era apenas natural que os fãs e, principalmente, a Warner, pressionassem Chris Nolan para que ele voltasse para dirigir o terceiro e último filme da trilogia que hoje é conhecida como “Trilogia O Cavaleiro das Trevas”. Mas, como apontam alguns rumores, aparentemente o diretor não queria voltar para Gotham (assim como diziam rumores sobre sua volta para o segundo filme). Mesmo assim, ele voltou e hoje temos O Cavaleiro das Trevas Ressurge, e esse longa é uma bagunça sem tamanho.



            
O Cavaleiro das Trevas Ressurge começa bem e ouso dizer que sua primeira meia-hora é bem interessante, mas ao longo de seus quase intermináveis 165 minutos (!), o roteiro tropeça em si mesmo, nos apresentando uma história com gigantescas ausências de sentido, dois romances incrivelmente inconvincentes e um vilão que, além de incompreensível, é decepcionante.
            
O enredo do filme se passa oito anos após o anterior. Depois de ser incriminado pela morte de Harvey Dent, Batman nunca mais foi visto. Entretanto, o efeito causado pela morte de Dent trouxe de positivo o Ato Dent, uma lei (milagrosa) que foi a responsável por acabar com o crime organizado, prendendo todos os criminosos de Gotham e deixando a cidade livre dos bandidos por essa quase-década, acabando com a separação de gênero nas prisões e toda e qualquer possibilidade de condicional.
            
O roteiro é definitivamente quebrado, estando recheado de acontecimentos que não fazem nenhum sentido, momentos onde o tal “realismo” da trilogia é (mais uma vez) jogado pela janela, alguns diálogos bizarramente ruins e conveniências. Furos não são raros, mas eis alguns: como a cartilagem miraculosa do joelho de Bruce Wayne (Christian Bale) que se regenera instantaneamente, TODOS os policiais da cidade sendo enviados (ao mesmo tempo) ao subsolo para procurar pelo esconderijo de Bane (Tom Hardy), e então sendo convenientemente deixados vivos para que role um “plot-twist” no futuro e, por fim, uma bomba que demora cinco meses para explodir, a mesma quantidade de tempo que leva para Bruce Wayne recuperar sua lesão na coluna (do jeito mais bizarro e irreal possível) e retornar para salvar o dia no último minuto. Aliás, se Gotham está livre do crime por 8 anos, porque a Liga das Sombras ainda querem destruí-la? Enfim, tudo isso vindo do “visionário” diretor e roteirista que é Christopher Nolan.



            
Mais uma vez, Nolan tenta mascarar sua inabilidade de dirigir e filmar cenas de ação e, principalmente, luta, com cortes rápidos, close-ups e câmeras inquietas. Não me leve a mal, Chris Nolan não é um diretor ruim. Longe disso. Já falei em minha crítica de Batman Begins que ele tem características louváveis, mas ele recebe muito mais destaque e, principalmente, louvor do que deveria. Uma coisa que se deve pôr na cabeça é: Nolan é um bom diretor e, algumas vezes, tem ideias interessantes e filmes incríveis, mas, ao contrário do que dizem, ele NÃO É e NUNCA VAI SER o novo Stanley Kubrick.
            
Ambos os romances não são nem um pouco convincentes e especialmente o de Bruce e Selina Kyle (Anne Hathaway) é meio forçado.
            
Os vilões, por fim, são ridículos. Bane é um brutamontes de diálogos incompreensíveis que parece inteligente, mas que, na verdade, é apenas um capanga de outro vilão (ou, nesse caso, vilã. Batman & Robin, é você?). E tal vilã é tão carismática quanto uma cadeira, se revela extremamente tarde e não serve para absolutamente nada.
            
O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um filme com alguns poucos bons momentos, mas tem um roteiro extremamente furado, outra direção descuidada e vilões que não convencem de jeito nenhum. A falta de vontade de Nolan para voltar é quase palpável.


AVALIAÇÃO: 2.5/5
"Regular"


Enfim, resta esperar por Batman v Superman e rezar para o Deus dos Filmes que essa aventura dos dois maiores heróis da DC finalmente engrene o tal Universo Cinematográfico. E pode esperar por uma crítica!

Um comentário:

  1. Sinto que O cavaleiro das trevas ressurge é uma história boa, mas o que realmente faz a diferença é a participação de Tom Hardy neste filme com Bane. Adorei sua personagem, e um vilão que me impressiona por sua caracterização, realmente que este filme leva os melhores méritos. Sou fã do filme Tom Hardy, por que se compromete muito com o personagem, é um dos meus preferidos, por que sempre leva o seu personagem ao nível mais alto da interpretação, adoro os projetos aonde ele participa. Sem dúvida voltaria a ver este filme!

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