sábado, 15 de agosto de 2015

Missão: Impossível — Nação Secreta | Quinto filme, mas renovado e excelente! (Crítica)




Missão: Impossível — Nação Secreta (Mission: Impossible — Rogue Nation) é o quinto filme da franquia Missão: Impossível, que começou lá em 1996. O longa da vez é dirigido por Christopher McQuarrie e estrelado por grandes nomes como os recorrentes e já muito conhecidos Tom Cruise, Ving Rhames, Simon Pegg e Jeremy Renner e também alguns novatos à franquia como o mestre Alec Baldwin e Rebecca Ferguson.

Eu sempre fui um grande fã da franquia Missão: Impossível e venho acompanhando cada um dos filmes desde que comecei a me interessar por cinema. Considerando isso, presenciei o começo glorioso do primeiro filme, Missão: Impossível (Mission: Impossible, 1996), a decaída à ação clichê e genérica com a sequência lançada na virada do milênio, Missão: Impossível II (Mission: Impossible II, 2000), o retorno parcial de sua identidade em Missão: Impossível III (Mission: Impossible III, 2006) e a volta triunfal à toda força no quarto filme, Missão: Impossível — Protocolo Fantasma (Mission: Impossible — Ghost Protocol, 2011)...

Em resumo: sempre estive lá, nos melhores e piores momentos. Então, naturalmente, estava extremamente empolgado pelo quinto filme, desde o lançamento do primeiríssimo trailer e, meus amigos, felizmente, Nação Secreta não decepcionou nem um pouco.




A trama da vez: Os acontecimentos de Protocolo Fantasma não foram deixados de lado e, por consequência, a IMF foi dissolvida pelo governo americano e anexada à CIA. Enquanto isso, uma série de ataques ao redor do mundo e a localização de Ethan Hunt (Tom Cruise) por um misterioso inimigo revivem os antigos rumores da existência do Sindicato, uma organização secreta de assassinos altamente treinados que nunca foi provada como real. Com a ajuda das poucas pessoas em que pode confiar, Hunt, agora foragido e caçado pela CIA, sai em busca de alguma maneira de provar a existência do Sindicato e pará-los, custe o que custar.

Ao contrário do que muita gente teima em pensar, os filmes da franquia não são "sempre a mesma coisa", e Nação Secreta reforça isso. Seguindo a tradição de que a franquia nunca tem dois filmes dirigidos pela mesma pessoa, Brad Bird, o responsável pelo quarto longa, Protocolo Fantasma, deixa a cadeira do diretor para Christopher McQuarrie, já conhecido por ter trabalhado com Tom Cruise no comando de Jack Reacher (2012) e também por ter escrito filmes como Os Suspeitos (The Usual Suspects, 1995), X-Men (2001), Wolverine: Imortal (The Wolverine, 2013) e No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow, 2014). Por isso, o quinto filme da franquia mais uma vez tem aquele ar de algo novo, fresco.

Verdade seja dita: eu me diverti horrores com este filme. Missão: Impossível — Nação Secreta parece juntar o melhor dos melhores filmes da franquia num só, resultando num misto de espionagem com muita tensão e suspense do primeiro filme e o divertido trabalho em equipe do quarto.




A atuação é perfeita. Tom Cruise — um dos atores mais comprometido trabalhando atualmente — continua provando que ele é o cara quando se trata de fazer uma cena de ação, e também é a prova viva de que a idade não é limitação para uma boa sequência recheada de tensão (ele já beira os 54 anos), mas não só nesse quesito, já que é nítido na cara do ator que ele se entrega "de corpo e alma" para o papel. Tom Cruise é Ethan Hunt e Ethan Hunt é Tom Cruise.

No entanto, o destaque não fica só em Cruise. Simon Pegg reprisa pela terceira vez o seu papel de Benji Dunn e sua atuação é ótima também. Inclusive, Pegg é um ator muito subestimado, infelizmente, considerando que seu trabalho é muitíssimo competente, sempre. 

Destaque especial para Rebecca Ferguson no papel de Ilsa Faust, uma personagem feminina muito forte que é a representação viva da clássica femme-fatale. Ela é o misto da personagem sexy e, ao mesmo tempo, altamente badass.

Mas confesso que fiquei decepcionado com o papel de William Brandt (Jeremy Renner) na trama. Embora a atuação de Renner seja muito boa, a função do personagem, em relação ao filme anterior, foi muito diminuída. Principalmente considerando que ele estava sendo preparado para substituir Tom Cruise caso o astro quisesse dar um tempo com a franquia.




A direção de McQuarrie é fantástica e o homem já provou que não foi um one-hit wonder quando dirigiu Jack Reacher. Sob seu comando e sua habilidade de construir uma cena de ação, já que ele é também um dos roteiristas, Nação Secreta brilha. Afinal, a já amplamente divulgada cena de Hunt pendurado do lado de fora de um avião em pleno voo nem é a única que esse longa oferece, considerando que aqui existem sequências que já são automaticamente clássicas e memoráveis da franquia como um todo, como uma belíssima sequência numa ópera em Viena que daria inveja até mesmo a Sam Mendes, uma instigante e apreensiva sequência debaixo d'água ou uma empolgante e impressionante perseguição em alta velocidade, que é uma especialidade do diretor. Outra coisa muito bacana é como ele sabe utilizar o silêncio para criar tensão, te deixando apreensivo sem o uso de um único som.

Fico feliz também pela decisão de manterem a fotografia de Robert Elswit, que já havia trabalhado como diretor de fotografia do quarto filme e, embora ela seja um pouco diferente da do filme anterior, ainda é muito bonita.

Missão: Impossível — Nação Secreta é divertidíssimo. Empolgante, tenso e, em alguns momentos, caracteristicamente cômico, o longa mistura os melhores elementos dos melhores filmes para obter um ótimo resultado. Por um pouquinho, só um pouquinho, que não se torna o meu favorito da franquia. 

Mas, mesmo assim, se você aprecia a boa e velha ação nos cinemas, altamente verossímil e empolgante, sem dublês na parada, ou é fã da franquia, você tem que assistir Missão: Impossível — Nação Secreta!


AVALIAÇÃO: 5/5
"Extraordinário"

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