sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

De Volta Ao Jogo | John Wick é um badass num dos melhores filmes de ação da década! (Dica do final de semana #9)

Inicialmente eu planejava trazer outro filme na recomendação desse fim de semana, mas foi então que me toquei que a sequência do longa que recomendarei hoje, “John Wick 2: Um Novo Dia Para Matar”, chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira que vem (16/02)! Então temos o cenário perfeito: estamos a uma semana da estreia da sequência e o primeiro filme está na Netflix! Sendo assim, vamos falar dele e a ideia original fica pra daqui a duas semanas (temos uma surpresa para a sexta-feira que vem):





De Volta ao Jogo (John Wick) é dirigido por Chad Stahelski e David Leitch, escrito por Derek Kolstad, estrelado por Keanu Reeves, Willem Dafoe, Adrianne Palicki, Alfie Allen, John Leguizamo, Lance Reddick e Michael Nyqvist e é um puta filme foda.
“John Wick” (perdão, o nome brasileiro é muito longo :D) conta a história de... bem... John Wick (Keanu Reeves), um assassino aposentado que trabalhava para a máfia russa em Nova York que é forçado a voltar ao submundo do crime em busca de vingança. O longa, lançado em 2014, mesmo contando com uma trama extremamente simples (o que finalmente “clica” em Wick e desperta seu desejo de vingança de início pode até parecer meio besta, mas não é. E funciona), ainda é extramente divertido.

Dirigido por dois ex-dublês, “John Wick” foi definitivamente um “sopro de ar fresco” no gênero de ação nos cinemas. Numa era e num ano em que filmes como as franquias “Jogos Vorazes” e “Os Mercenários” e até mesmo “Busca Implacável” são considerados pináculos do estilo, o longa é um grande alívio.

Stahelski e Leitch comandam as cenas e, ao lado do diretor de fotografia Jonathan Sela (que curiosamente trabalhou nos horrorosos “Max Payne” e “Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer”), as câmeras de uma maneira fantástica. Com longos takes e uma economia invejável em cortes, “John Wick” flui de tal maneira que é prazeroso assistir, enquanto filmes dirigidos por Olivier Megaton, por exemplo, são um inferno de edição e ângulos esmagados em grandes quantidade num só segundo.

Falando em fotografia... e que fotografia, meus amigos! Dos movimentos suaves e precisos das câmeras à escolha da paleta de cores que lentamente (e tematicamente) vai mudando seu tom conforme a trama avança, “John Wick” é, provavelmente, um dos filmes de ação mais bem capturados dessa década.




Todo mundo aqui está muito bom, de verdade, mesmo que as atuações não sejam dignas de um Oscar, por exemplo, até atores que são geralmente ruins por regra (como John Leguizamo), está ótimos. Mas o destaque vai todo para Keanu Reeves, claro. Um dos atores mais dedicados do mercado desde sempre, Reeves, além de ter uma habilidade impressionante de entregar diálogos clichêzões de uma maneira que você acredita, ainda é um grande “dublê de si mesmo”. Para melhor colocar: Reeves não usa dublês (assim como Tom Cruise, por exemplo) e faz todas as suas cenas mais exigentes fisicamentes, todos os seus malabarismos, sozinho, e isso é uma das coisas mais importantes num filme desse tipo. Não é desmerecer o trabalho de dublês, mas notar que é o próprio ator que está fazendo alguma cena durante o filme, sem que o diretor precise arranjar diversos modos de esconder o dublê — filmando pelas costas ou sacudindo a câmera, ou sei lá — é uma das melhores coisas do cinema. E Reeves faz esse trabalho muito bem. MUITO bem. E John Wick é um badass sem dimensões. Aliás, é extremamente interessante notar como os diretores optaram por criar o necessário de tensão para que a audiência consiga se importar com o protagonista: mesmo tendo sido o melhor do ramo, Wick já está aposentado há anos.




Falando nisso, por ser dirigido por dois ex-dublês, as cenas de ação desse longa são de cair o queixo de verdade. Ficam como destaques as cenas na casa de Wick e na boate, cena essa que é a melhor cena em uma casa noturna desde “Colateral” (Collateral, 2004).

“John Wick” é um excelente filme de ação. Fluído e muito bem dirigido, com uma fotografia maravilhosa e um protagonista tão cativante e ainda por cima com uma mitologia extremamente interessante, não é surpresa que caiu nas graças do público e vai ganhar uma continuação na semana que vem. Não fosse pelo final do terceiro ato, desnecessário, certamente ganharia a nota máxima aqui. Mas nem por isso é um filme para deixar passar batido. Entre nessa sua conta da Netflix aí e assista “John Wick” agora!


AVALIAÇÃO: 4.5/5
"Excelente"

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