Inicialmente eu planejava trazer outro filme na
recomendação desse fim de semana, mas foi então que me toquei que a sequência
do longa que recomendarei hoje, “John Wick 2: Um Novo Dia Para Matar”, chega
aos cinemas brasileiros na quinta-feira que vem (16/02)! Então temos o cenário
perfeito: estamos a uma semana da estreia da sequência e o primeiro filme está
na Netflix! Sendo assim, vamos falar dele e a ideia original fica pra daqui a duas semanas (temos uma surpresa para a sexta-feira que vem):
De
Volta ao Jogo (John
Wick) é dirigido por Chad Stahelski
e David Leitch, escrito por Derek Kolstad, estrelado por Keanu Reeves, Willem Dafoe, Adrianne
Palicki, Alfie Allen, John Leguizamo, Lance Reddick e Michael
Nyqvist e é um puta filme foda.
“John Wick” (perdão, o nome brasileiro é muito longo
:D) conta a história de... bem... John Wick
(Keanu Reeves), um assassino aposentado que trabalhava para a máfia russa em
Nova York que é forçado a voltar ao submundo do crime em busca de vingança. O
longa, lançado em 2014, mesmo contando com uma trama extremamente simples (o
que finalmente “clica” em Wick e desperta seu desejo de vingança de início pode
até parecer meio besta, mas não é. E funciona), ainda é extramente divertido.
Dirigido por dois ex-dublês, “John Wick” foi
definitivamente um “sopro de ar fresco” no gênero de ação nos cinemas. Numa era
e num ano em que filmes como as franquias “Jogos Vorazes” e “Os Mercenários” e até
mesmo “Busca Implacável” são considerados pináculos do estilo, o longa é um
grande alívio.
Stahelski e Leitch comandam as cenas e, ao lado do
diretor de fotografia Jonathan Sela (que
curiosamente trabalhou nos horrorosos “Max Payne” e “Duro de Matar: Um Bom Dia
Para Morrer”), as câmeras de uma maneira fantástica. Com longos takes e uma
economia invejável em cortes, “John Wick” flui de tal maneira que é prazeroso
assistir, enquanto filmes dirigidos por Olivier Megaton, por exemplo, são um
inferno de edição e ângulos esmagados em grandes quantidade num só segundo.
Falando em fotografia... e que fotografia, meus
amigos! Dos movimentos suaves e precisos das câmeras à escolha da paleta de
cores que lentamente (e tematicamente) vai mudando seu tom conforme a trama
avança, “John Wick” é, provavelmente, um dos filmes de ação mais bem capturados
dessa década.
Todo mundo aqui está muito bom, de verdade, mesmo
que as atuações não sejam dignas de um Oscar, por exemplo, até atores que são
geralmente ruins por regra (como John Leguizamo), está ótimos. Mas o destaque
vai todo para Keanu Reeves, claro. Um dos atores mais dedicados do mercado
desde sempre, Reeves, além de ter uma habilidade impressionante de entregar
diálogos clichêzões de uma maneira que você acredita, ainda é um grande “dublê
de si mesmo”. Para melhor colocar: Reeves não usa dublês (assim como Tom
Cruise, por exemplo) e faz todas as suas cenas mais exigentes fisicamentes,
todos os seus malabarismos, sozinho, e isso é uma das coisas mais importantes
num filme desse tipo. Não é desmerecer o trabalho de dublês, mas notar que é o
próprio ator que está fazendo alguma cena durante o filme, sem que o diretor
precise arranjar diversos modos de esconder o dublê — filmando pelas costas ou
sacudindo a câmera, ou sei lá — é uma das melhores coisas do cinema. E Reeves
faz esse trabalho muito bem. MUITO bem. E John Wick é um badass sem dimensões.
Aliás, é extremamente interessante notar como os diretores optaram por criar o
necessário de tensão para que a audiência consiga se importar com o
protagonista: mesmo tendo sido o melhor do ramo, Wick já está aposentado há
anos.
Falando nisso, por ser dirigido por dois ex-dublês,
as cenas de ação desse longa são de cair o queixo de verdade. Ficam como
destaques as cenas na casa de Wick e na boate, cena essa que é a melhor cena em
uma casa noturna desde “Colateral” (Collateral, 2004).
“John Wick” é um excelente filme de ação. Fluído e
muito bem dirigido, com uma fotografia maravilhosa e um protagonista tão
cativante e ainda por cima com uma mitologia extremamente interessante, não é
surpresa que caiu nas graças do público e vai ganhar uma continuação na semana
que vem. Não fosse pelo final do terceiro ato, desnecessário, certamente ganharia
a nota máxima aqui. Mas nem por isso é um filme para deixar passar batido.
Entre nessa sua conta da Netflix aí e assista “John Wick” agora!
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