sexta-feira, 11 de março de 2016

Superman: O Filme | Você vai acreditar que o homem pode voar! (Crítica)



E seguindo em frente em preparação para Batman v Superman: A Origem da Justiça com essa série de posts nostálgica, revisitando cada filme dos dois heróis no cinema. E hoje, vamos falar de:
            
Aviso: Caso você ainda não tenha assistido o filme (por algum motivo), saiba que a crítica a seguir está repleta de spoilers! Você foi avisado...
            
Lançado em 1978, Superman: O Filme (seu título original é Superman: The Movie, e aqui no Brasil ele também ficou conhecido como apenas “Super-Homem”) foi dirigido por Richard Donner (e Howard Hawks, embora ele não tenha sido creditado), escrito por Mario Puzo (sim. O criador de O Poderoso Chefão e outros, como Jerry Siegel, Joe Shuster, David Newman, Leslie Newman e Robert Benton) e trazia um elenco composto por Gene Hackman e Margot Kidder e capitaneado pelos eternos Marlon Brando e Christopher Reeve.
            
A ideia para o filme surgiu lá em 1973, e desde então o projeto passou pela mão de vários roteiristas e, principalmente, vários diretores, até cair no colo de Richard Donner. A produção de Superman foi extremamente conturbada, tendo acontecido ao mesmo tempo que a produção da sequência, Superman II. Vários problemas e tensões surgiram, principalmente desentendimentos de Donner com os produtores.



            
Mas mesmo com os problemas, essa superprodução que custou cerca de US$ 55 milhões foi realizada e chegou aos cinemas em 1978 e foi um sucesso de crítica e, principalmente, de bilheteria, tendo arrecadado mais de US$ 300 milhões.
            
O filme abre com uma longa sequência em Krypton, explicando ao público a origem do Homem de Aço. A primeira cena é a condenação do General Zod e seus comparsas por algum crime, onde eles são presos na Zona Fantasma. A cena seguinte mostra Jor-El (Marlon Brando, que descanse em paz) tentando explicar aos superiores, sem sucesso, que o planeta deve ser evacuado pois está próximo de explodir, e a próxima cena nos mostra Jor-El e sua esposa abrigando seu filho, o pequeno bebê Kal-El, em uma capsula espacial e o enviando para a Terra, escapando, assim, do fim de Krypton.
            
A sequência que segue mostra o Super-Bebê chegando à Terra, 3 anos após sua partida de Kypton, onde ele é encontrado e acolhido por Jonathan e Martha Kent. A partir daí, vemos Clark Kent crescer, até a morte de seu pai adotivo Jonathan, a viagem de Clark para uma espécie de “autodescoberta”, o surgimento da Fortaleza da Solidão onde descobre um holograma com a memória de seu pai biológico, Jor-El, e aprende sobre sua origem até que, finalmente, vemos sua chegada em Metropolis onde, já adulto, é interpretado por Christopher Reeve.



            
O longa tem um início bem lento e cadenciado, totalmente feito para estabelecer não só esse filme como também sua sequência, e esse é um de seus maiores problemas. Os produtores estavam tão certos do sucesso de Superman que não só já planejavam uma sequência como exigiram que ela começasse a ser estabelecida no primeiro filme, de modo que temos cenas como o aprisionamento de Zod na Zona Fantasma que não servem para nada nesse filme e em nenhum momento são citadas novamente, e só o seriam no próximo longa.
            
Não demora para sermos introduzidos ao Clark Kent desajeitado, repórter do Planeta Diário, onde conhece Lois Lane (Margot Kidder), e nem para vermos o vilão do filme, Lex Luthor (Gene Hackman, de peruca!), pela primeira vez. E aqui ele é vilão porque... bem, porque sim, oras! Superman é um filme bem clássico e clichê em vários aspectos, muito em parte porque seu material original é desse jeito.
            
Daí pra frente são apenas momentos épicos e excitantes, como a primeira aparição do Homem de Aço propriamente dito, salvando: Lois Lane de um acidente de helicóptero no topo do prédio do Planeta Diário, e também o Força Aérea Um (o avião do presidente dos Estados Unidos) que foi atingido por um raio e perdeu uma de suas turbinas e estava prestes a cair. Além da captura de alguns bandidos num iate. Tudo isso ao som estrondoso da incrível e empolgante trilha sonora do para sempre mestre John Williams.

Christopher Reeve (que descanse em paz) É o Superman. Não tem pra ninguém. Esse cara veste aquele spandex azul com capa vermelha e ele simplesmente DOMINA o papel.



            
Ao mesmo tempo, vemos os planos malignos de Luthor para destruir toda a costa oeste dos EUA, além de Hackensack, em Nova Jersey. Por quê? Porque ele quer ter a sua própria costa-oeste, chamada de Costa del Lex com regiões como Luthorville, Marina del Lex e Lex Springs...
            
O longa é extremamente bem dirigido e fotografado, e é muito bonito até hoje em suas cenas sem efeitos especiais, como nos planos para estabelecimento de localização ou situação.
            
Superman é um filme com problemas, claro. O roteiro, em diversos momentos, não faz o menor sentido, como na cena em que o Homem de Aço inverte a orbita da Terra para poder voltar no tempo e salvar Lois. Essa cena, por mais icônica que seja, não faz sentido nenhum, e não é porque seria cientificamente impossível (um homem voando já é impossível o suficiente), mas sim porque não faz sentido dentro do próprio universo do longa. Afinal, porque algumas coisas voltam no tempo e outras não? Porque o roteiro quis assim, ué.
            
Um dos maiores problemas hoje em dia é a ação do tempo sobre o filme, que já tem quase 40 anos de idade. Os efeitos especiais foram bastante revolucionários por si só, mas hoje em dia não convencem nem uma criança de 2 anos.
            
Mas, mesmo com seus problemas, Superman ainda é um filme incrivelmente divertido, em iguais quantidades, tanto por seus momentos ótimos quanto por suas galhofas. Ainda vale muito a pena assistir, e o longa ainda é considerado por muitos como a representação definitiva do personagem no cinema. Não posso discordar.



AVALIAÇÃO: 4/5
"Ótimo"


E fiquem ligado aqui no Titans Desatualizados, pois amanhã vamos voltar à Gotham City com Batman: O Retorno!

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