terça-feira, 9 de junho de 2015

Strike Back: Legacy — Uma volta gloriosa mantendo qualidade. (Crítica S05E01)



Depois de cerca de 594 dias após o fim da quarta temporada, finalmente ocorreu a premiere da nova, e última, quinta temporada de Strike Back, devidamente intitulada Strike Back: Legacy, e já é possível adiantar: ela foi ótima!

A trama da vez ainda mantém a fórmula de simples-mas-efetivo de sempre. A nova missão da Seção 20 acontece na Tailândia, quando Chloe Foster, filha do embaixador britânico Robin Foster (Tim McInnerny), é sequestrada, forçando a dupla infalível de Michael Stonebridge (Philip Winchester) e Damien Scott (Sullivan Stapleton) a entrarem em ação, em uma das melhores cenas do episódio quando os dois emergem de dentro d'água de um rio lodoso, abaixo do esconderijo dos sequestradores, enquanto Kim Martinez (Milauna Jackson) distrai os malfeitores desligando o gerador de energia e o chefão, Phillip Locke (Robson Green), ao lado de Julia Richmond (Michelle Lukes), guiam o time através do rádio.

Mas a coisa melhora ainda mais, com a gratificante perseguição que se desenvolve na mesma sequência, minutos depois, que se divide em duas e força a forcar a atenção tanto em Michael quanto em Damien.

Esse primeiro episódio parece apenas flertar levemente com a possibilidade do envolvimento da Coreia do Norte na trama, se aproveitando dos recentes acontecimentos aqui, na vida-real, mas deixa grandes evidentes que esse será, sim, um tema recorrente nessa última temporada de Strike Back.




Um dos maiores saltos que se pode notar que houve desde a última temporada é que a série está se passando em locais muito mais variados que antigamente, e toda a produção se beneficiou bastante com tudo isso, melhorando consideravelmente. Não posso deixar de dar destaques a duas coisas em específico: a direção, por Michael J. Basset (o diretor lida muito bem com cenas de luta e ação mais intensa, e a cena da boate também é muito bacana), que também atuou como roteirista desse episódio, e a direção de fotografia, por Mike Spragg, que se mantém constante durante grande parte dos 60 minutos (com intervalos) do piloto, mas muda drasticamente na ótima sequência da boate. Aliás, os últimos minutos de tensão contínua são muito gratificantes, graças ao diretor e ao time de roteiristas.

Há, sim, algumas ressalvas, principalmente na atuação da maioria dos coadjuvantes de menor importância, como a esposa do embaixador Foster, Mei (Michelle Yeoh), mas todos os atores já conhecidos ainda mantém a qualidade da interpretação.

Por fim, uma coisa que não pude deixar de notar foi a mudança e o consequente encurtamento da vinheta dos créditos iniciais. Toda a mudança visual é muito bem-vinda, considerando que a vinheta anterior já vinha sendo usada há 3 anos, mas o encurtamento da música, a ótima Short Change Hero, da banda The Heavy, não foi muito legal e meio que corta a 'vibe' da audiência de longa data e deixa um estranhamento inicial, mas nada que não possa cair nas graças do público novamente. Afinal, é só questão de costume.

O piloto de Strike Back: Legacy foi ótimo e, caso a série se mantenha assim até sua season-finale, Strike Back vai, sim, deixar o seu grande legado de melhor série de ação desde 24 Horas.


NOTA FINAL: 4/5

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