quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O Cavaleiro dos Sete Reinos, de George R. R. Martin - Resenha



Autor: George R. R. Martin
Editora: LeYa
Gênero: Fantasia, Medieval
416 páginas


O Cavaleiro dos Sete Reinos


O Cavaleiro dos Sete Reinos é um livro escrito pelo já consagrado autor norte-americano George R. R. Martin, autor das já conhecidas As Crônicas de Gelo e Fogo — iniciadas em A Guerra dos Tronos (A Game of Thrones) e continuada em A Fúria dos Reis (A Clash of Kings), A Tormenta de Espadas (A Storm of Swords), O Festim dos Corvos (A Feast for Crows), A Dança dos Dragões (A Dance of Dragons) e os vindouros The Winds of Winter e que será finalizada em A Dream of Spring. Este livro em questão se passa no mesmo universo de Westeros. O livro em questão é, na verdade, uma reunião dos três primeiros contos de Dunk e Egg (The Tales of Dunk & Egg, originalmente) em uma única edição, publicado pela editora LeYa aqui no Brasil. É sabido que Martin ainda está escrevendo os contos e a previsão é que hajam "de sete a doze" deles, que continuarão a serem publicados em antologias lá no exterior e não há previsão da LeYa para trazê-los para cá.

A trama


Sinopse:

"Duzentos anos após a Conquista, a dinastia Targaryen vive seu auge. Os Sete Reinos de Westeros atravessam um tempo de relativa paz, nos últimos anos do reinado do Bom Rei Daeron.

É neste cenário que Dunk, um menino pobre da Baixada das Pulgas, tem uma chance única: deixar a vida miserável em Porto Real para se tornar escudeiro de um cavaleiro andante. 
Quando adulto, o cavaleiro morre e Dunk decide tomar seu lugar e fazer fama no torneio de Campina de Vaufreixo.

É quando conhece Egg, um menino de dez anos, cabeça totalmente raspada, que é muito mais do que aparenta ser. Dunk aceita Egg como seu escudeiro e, juntos, viajam por Westeros em busca de trabalho e aventuras. Uma grande amizade nasce entre eles – uma amizade pela vida toda, mesmo quando, anos mais tarde, os dois personagens assumem papéis centrais na estrutura de poder dos Sete Reinos.

As aventuras de Dunk e Egg trazem para os fãs de As Crônicas de Gelo e Fogo a oportunidade única de vivenciar outro momento da história de Westeros, de conhecer e analisar fatos que teriam desdobramentos noventa anos depois, na guerra dos tronos."


"O Cavaleiro dos Sete Reinos" nos apresenta a história do cavaleiro andante chamado Dunk — também conhecido como o famoso Sor Duncan, o Alto — e Egg, seu escudeiro, em suas andanças pelos Sete Reinos de Westeros cerca de noventa anos antes dos acontecimentos do primeiro livro da saga que consagrou Martin como um dos melhores autores da atualidade.

A história é mais simples e mais leve do que a que vemos em "As Crônicas de Gelo e Fogo". Enquanto vagava pela internet, encontrei no site Game of Thrones BR um autor dizendo que "O Cavaleiro dos Sete Reinos" é para "As Crônicas de Gelo e Fogo" o que "O Hobbit" é para "O Senhor dos Anéis". Isso é verdade... até certo ponto.

É Martin mas ao mesmo tempo não é


O livro tem uma premissa bacana mas não é executada de maneira tão bacana assim, sabe?

Veja bem: a construção de personagens é fantástica e tem a qualidade assinada de Martin. A relação entre Dunk e Egg é muito boa, convincente e até mesmo bonita em alguns momentos, assim como a personalidade dos outros personagens mais importantes da obra. Sor Glendon, Sor Lucas Inchfield, Rohanne Webber, etc. Todos eles têm personalidade forte o bastante para te cativar, sim.

O maior problema mesmo é que essas histórias, pelo menos ao meu ver, não parecem que foram escrita "com vontade", entende? A primeira história começa bem, a segunda história consegue se manter de pé mas a terceira desmorona num final previsível e não muito empolgante, mas algo que poderá ser corrigido nos próximos contos, talvez. Ainda queremos saber como Dunk e Egg terminarão (ok, eu sei que muitas pessoas sabem como os dois terminam, inclusive eu sei, mas quero saber como chegarão até esse final. Afinal de contas noventa anos é tempo pra car*@!#).

E, na frase que diz que "O Cavaleiro" é para "As Crônicas" o que "O Hobbit" é para "O Senhor dos Anéis", e eu disse que era verdade até certo ponto é porque: Sim, o livro é mais simples, mais curto e, de certa forma, menos profundo como O Hobbit, mas não é nem de longe tão épico.

Os erros e acertos


História à parte, é de se destacar a construção do livro é boa, mas também só até certo ponto. A LeYa fez um bom trabalho principalmente com a capa do artista Marc Simonetti, que é muito bonita. Já na diagramação, não é tudo florido e lindo. Muitos erros recheiam a obra, como "um" ao invés de "uma", ou "Durk" ao invés de "Dunk" são apenas alguns dos que encontrei. Mas não é nada que comprometa a narrativa. Você vai, talvez, ter que ler algumas vezes a mesma "passagem" para finalmente cair a ficha.

Outra coisa é que a minha edição não tem 416 páginas... Ela é a edição pocket que veio no box d'As Crônicas e tem só 381. Mas pelo que sei, toda a história tá lá... Não pergunte.

Vale a pena?


Enfim, "O Cavaleiro dos Sete Reinos" nos apresenta à uma história do mesmo universo d'As Crônicas, mas que não é tão profunda e nem de longe tão empolgante e marcante como sua "irmã mais velha".

Sim, ele traz algumas informações a mais do universo de Westeros e Essos e tem uma leitura mais leve e com menos informação, perfeito começo para quem ainda não entrou na série, mas, se você não for fã ou não quiser se aprofundar tanto assim na história de todo o universo, "O Cavaleiro dos Sete Reinos" pode ser pulado tranquilamente e só "As Crônicas" já bastarão.

2 comentários:

  1. Muito bom o post!

    Tenho que pegar esse livro ainda @_@

    http://gotasdexp.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Fico feliz que tenha gostado! ^^

      A respeito do livro, como eu disse na resenha, não é uma leitura obrigatória, a não ser que você queira se aprofundar mais no universo da série principal :)

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