quinta-feira, 11 de junho de 2015

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros — O parque está aberto! (Crítica)



Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World) finalmente chegou aos cinemas! Dirigido por Colin Trevorrow e escrito por diversas pessoas (isso é até um tanto confuso), estrelando Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e Vincent D'Onofrio, o filme é levemente baseado nos personagens criados no romance Jurassic Park do autor Michael Crichton, mas tem uma história completamente nova, além de ser o quarto filme na franquia e continuação (sim) de Jurassic Park III.

Antes de mais nada, no decorrer da semana, foi realizado um especial com críticas de todos os três filmes anteriores da saga. Caso queira conferi-las, basta clicar nos seguintes links:



O Parque dos Dinossauros é real! Após a catastrófica falha que ocorreu há mais de 20 anos atrás, o Jurassic World foi inaugurado e ele é tudo o que o velho John Hammond sonhava que fosse. Dezenas de milhares de pessoas visitam o parque todos os dias para poderem conferir os dinossauros de perto, que vivem no parque temático inaugurado em Isla Nublar. Com o desejo de manter o interesse do público no parque, os cientistas decidem criar um dinossauro híbrido, geneticamente modificado, fruto da mistura dos DNAs de diversos outros dinossauros e animais diferentes. O que eles não esperavam é que o resultado, denominado Indominus Rex, acabaria se provando não apenas maior e mais cheio de dentes, mas também muito mais inteligente e agressivo.




Um eventual Jurassic Park 4 vem sendo discutido desde os lançamento de Jurassic Park III, lá em 2001. Problemas ocorreram durante os anos, mas o filme finalmente aconteceu. Aparentemente, rolaram até alguns processos na justiça para decidir quem receberia ou não os créditos pelo roteiro do longa, o que explica o fato do roteiro ter alguns problemas um tanto sérios, mas falo disso mais pra frente.

Primeiramente: Chris Pratt. Esse cara já tinha sido incrível em Guardiões da Galáxia e, agora, aqui em Jurassic World, ele só provou que não é apenas um "one-hit wonder", ou seja, um cara que se saiu bem uma vez — ou fez um papel memorável, nesse caso — e depois nunca mais novamente. Pratt interpreta uma espécie de adestrador/treinador de velociraptores e é facilmente o personagem mais amável desse longa.

Uma das duas coisas pelas quais eu torci o nariz quando foram anunciadas foram justamente os velociraptores treinados. Afinal de contas, depois do grande T-Rex, os raptores eram os maiores perigos dos dois primeiros filmes, por serem inteligentes, ótimos caçadores e, acima de tudo, perigosos e imprevisíveis. No fim de tudo, ver a "relação" entre o personagem de Pratt e os velociraptores é muito legal e nem por isso deixa os répteis mais previsíveis, ao contrário do que eu imaginava.

A outra coisa que eu não aceitei no princípio foi a ideia de criar um novo dinossauro, considerando a gigantesca gama desses animais que temos disponíveis e que realmente existiram, entretanto, Indominus Rex é outra das melhores partes do filme. Ele não só tem uma aparência legal e é aterrorizante, mas é muito bem usado no filme. Sua inteligência é muito bem explorada e seus genes, por assim dizer, também. Aliás, ele é tudo o que o Espinossauro de Jurassic Park III não foi.

Colin Trevorrow dirige bem e não arrisca nada impossível ou impressionante. Inclusive, a sequência final é toda tratada com um longo take muito satisfatório.




Entretanto, há problemas no roteiro. Há coisas que não fazem muito sentido e que, em um momento, parecem fazer parte de uma ideia, e no momento seguinte já não mais, como se o roteiro fosse apenas a junção dos tantos pedaços que originaram com o passar dos anos. Além disso, há histórias que recebem muito mais atenção do que deviam, como a dos dois irmãos que estão visitando o parque e toda vez que o filme focava neles, eu me perguntava quando voltaríamos a ver Chris Pratt.

Jurassic World parece sofrer de uma espécie de "crise de identidade", onde o filme aparentemente precisa ficar se relembrando constantemente que é um Jurassic Park, através de MUITAS conexões e referências com o primeiro filme. Objetos, lugares e até mesmo cenas são inspiradas ou meio copiadas de antigamente.

A computação gráfica é largamente utilizada aqui, até mais do que em Jurassic Park III, e ela é, obviamente, superior ao que era há 14 anos atrás, mas os animatrônicos não estão de fora da jogada. O problema é que a CGI é muito usada, em quase todos os momentos, e isso acaba refletindo na performance dos personagens, que muitas vezes parecem olhar para um dinossauro que está prestes a comê-los com a mesma preocupação que olhariam um gato brincando com um novelo de lã, ou uma bola de futebol sendo chutada e etc...

No fim das contas, Jurassic World é um bom filme que entretém bastante. Há falhas no roteiro que originam em alguns personagens mal desenvolvidos e até alguns meio clichês, principalmente para a franquia Jurassic Park, além de problemas nas performances por causa da computação gráfica. Entretanto, o vilão principal é ótimo (o Indominus Rex. Já o outro nem tanto, e é até um pouco burro), Chris Pratt é fantástico e todo o terceiro ato do filme é incrível. Não é um grande filme, nem um ótimo filme, mas é bom o suficiente.


AVALIAÇÃO: 3/5
"Bom"

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