E finalmente, meus amigos, Dragon Ball Z: O Renascimento de F (ou O Renascimento de Freeza, se preferir, mas originalmente chamado de Dragon Ball Z: Fukkatsu no F) chegou ao ocidente! Após cerca de 2 meses de espera (quase nada, se comparar com outros filmes de anime que demoram até mais de um ano para despontar nos cinemas ocidentais) eis que agora pudemos ver o que acontece quando alguém revive o Imperador do Mal, Freeza.
Se passando cerca de três anos após os acontecimentos do filme anterior, A Batalha dos Deuses, um soldado do exército do falecido Freeza consegue reunir todas as Esferas do Dragão e as usa para reviver o temido vilão. Então, enquanto se recupera dos danos do passado no espaço, Freeza treina e se aprimora, se tornando cada vez mais forte, e também reúne seu velho exército para trazer sua vingança às portas dos dois Saiyajin que o humilharam no passado: Trunks e Goku. Entretanto, o Trunks viajante do tempo que matou Freeza já voltou para sua época há décadas, e Goku está, junto de Vegeta, em um mundo distante, treinando com Whis. Cabe então aos Guerreiros Z remanescentes — isto é: Piccolo, Gohan, Kuririn, Tenshinhan e Mestre Kame — segurarem o avanço das forças do Imperador do Mal enquanto esperam que Goku, de alguma forma, consiga chegar a tempo na Terra.
Dragon Ball Z dispensa apresentações, não é mesmo? A série, ao longo de seus 291 episódios que rolaram entre o final década de 80 até a metade da década de 90, já se estabeleceu como uma das maiores (se não a maior) séries de animação oriental de todos os tempos. O mesmo se diz do vilão principal desse filme, e isso é um dos pontos mais fortes do longa.
Freeza também dispensa apresentações. Se você tem a mínima noção de Dragon Ball Z, sabe quem é Freeza e porque ele iria querer vingança contra Goku. E, trazendo de volta um vilão já estabelecido (e memorável, diga-se de passagem), salva o filme de ter que passar tempo demais apresentando e explicando um perigo novo.
Outra adição um tanto bacana é a de outro personagem criado por Akira Toriyama, mas não de Dragon Ball propriamente dito: Jaco, o patrulheiro galático. É realmente bem legal ver um personagem que não voa e nem solta rajadas de energia pelas mãos ainda ir mano-a-mano com os soldados do exército de Freeza.
Inclusive, essa cena inicial de luta, que se estende por 10 minutos de ação sólida, também é muito legal. Embora a atração principal seja Freeza VS Goku, é muito divertido ver os outros Guerreiros Z terem algo para fazer, e o fazerem, mesmo que por um tempo relativamente limitado.
A animação é, assim como no filme anterior, infalível. A lindíssima arte de Akira Toriyama se completa e funde perfeitamente com a CGI, que está sendo ainda mais usada aqui do que antes. Novamente, ver os personagens mais icônicos de Toriyama na tela grande através de sua bela arte, sem as limitações de polimento, por exemplo, do passado, é muito bom.
Mas o longa não é só flores e está recheado de certos problemas. Basicamente, grande parte do primeiro ato é muito arrastada e desinteressante, quase entediante.
*SPOILERS ABAIXO!
*SPOILERS TERMINAM AQUI!
Aliás, a nova transformação de Goku parece e é muito estúpida e desnecessária, visto que, ao longo dos 291 episódios/semanas do anime, apenas três transformações foram mostradas, e agora, em dois filmes, vimos duas novas. E isso faz eu me perguntar: como resolver isso no vindouro novo anime (Dragon Ball Super)? Teremos uma transformação por episódio?
Por fim, Dragon Ball Z: O Renascimento de F entretém bastante, mas é profundamente falho. Não é terrível, não é o pior, mas definitivamente também não é o melhor dentre os 14 outros filmes da franquia.
AVALIAÇÃO: 2.5/5
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