sexta-feira, 19 de junho de 2015

Dragon Ball Z: O Renascimento de F — O Imperador do Mal foi revivido! (Crítica)



E finalmente, meus amigos, Dragon Ball Z: O Renascimento de F (ou O Renascimento de Freeza, se preferir, mas originalmente chamado de Dragon Ball Z: Fukkatsu no F) chegou ao ocidente! Após cerca de 2 meses de espera (quase nada, se comparar com outros filmes de anime que demoram até mais de um ano para despontar nos cinemas ocidentais) eis que agora pudemos ver o que acontece quando alguém revive o Imperador do Mal, Freeza.

Se passando cerca de três anos após os acontecimentos do filme anterior, A Batalha dos Deuses, um soldado do exército do falecido Freeza consegue reunir todas as Esferas do Dragão e as usa para reviver o temido vilão. Então, enquanto se recupera dos danos do passado no espaço, Freeza treina e se aprimora, se tornando cada vez mais forte, e também reúne seu velho exército para trazer sua vingança às portas dos dois Saiyajin que o humilharam no passado: Trunks e Goku. Entretanto, o Trunks viajante do tempo que matou Freeza já voltou para sua época há décadas, e Goku está, junto de Vegeta, em um mundo distante, treinando com Whis. Cabe então aos Guerreiros Z remanescentes — isto é: Piccolo, Gohan, Kuririn, Tenshinhan e Mestre Kame — segurarem o avanço das forças do Imperador do Mal enquanto esperam que Goku, de alguma forma, consiga chegar a tempo na Terra.

Dragon Ball Z dispensa apresentações, não é mesmo? A série, ao longo de seus 291 episódios que rolaram entre o final década de 80 até a metade da década de 90, já se estabeleceu como uma das maiores (se não a maior) séries de animação oriental de todos os tempos. O mesmo se diz do vilão principal desse filme, e isso é um dos pontos mais fortes do longa.




Freeza também dispensa apresentações. Se você tem a mínima noção de Dragon Ball Z, sabe quem é Freeza e porque ele iria querer vingança contra Goku. E, trazendo de volta um vilão já estabelecido (e memorável, diga-se de passagem), salva o filme de ter que passar tempo demais apresentando e explicando um perigo novo.

Outra adição um tanto bacana é a de outro personagem criado por Akira Toriyama, mas não de Dragon Ball propriamente dito: Jaco, o patrulheiro galático. É realmente bem legal ver um personagem que não voa e nem solta rajadas de energia pelas mãos ainda ir mano-a-mano com os soldados do exército de Freeza.

Inclusive, essa cena inicial de luta, que se estende por 10 minutos de ação sólida, também é muito legal. Embora a atração principal seja Freeza VS Goku, é muito divertido ver os outros Guerreiros Z terem algo para fazer, e o fazerem, mesmo que por um tempo relativamente limitado.




A animação é, assim como no filme anterior, infalível. A lindíssima arte de Akira Toriyama se completa e funde perfeitamente com a CGI, que está sendo ainda mais usada aqui do que antes. Novamente, ver os personagens mais icônicos de Toriyama na tela grande através de sua bela arte, sem as limitações de polimento, por exemplo, do passado, é muito bom.

Mas o longa não é só flores e está recheado de certos problemas. Basicamente, grande parte do primeiro ato é muito arrastada e desinteressante, quase entediante.

*SPOILERS ABAIXO!



Não queria ter de usar spoilers aqui, mas sinto que não posso simplesmente falar desse filme e deixar esses problemas passarem. Primeiramente, por mais que o retorno de Freeza seja interessante, é frustrante ver que o grande vilão do filme, mesmo após treinamento e ter atingido uma nova transformação, muito mais poderosa que a anterior, ainda é não é páreo para a transformação Super Saiyajin Deus Super Saiyajin (*suspiro*) de Goku. Certamente, o Imperador consegue, sim, acertar alguns golpes e sua crueldade sempre presente é muito bacana de ser ver novamente, mas ver que ele passa por um grande sufoco para lutar contra Goku e, ainda assim, não consegue vencê-lo, é ridiculamente enraivecedor.

E mesmo quando Freeza consegue virar jogo, através de interferência externa à luta, percebemos que Vegeta está ali, descansado e pronto para acabar com a raça dele.

Por fim, quando Freeza resolve tomar medidas desesperadas, a habilidade meio deus ex machina de Whis cai como uma luva muito, mas muito conveniente. Inclusive, essa cena seria até mais inesperada, caso não houvesse sido mostrada nos trailers (por algum motivo idiota) e a habilidade de Whis idem, se não tivesse sido preparada uma hora antes, mas, ainda assim, meio apressada e conveniente demais.


*SPOILERS TERMINAM AQUI!

Aliás, a nova transformação de Goku parece e é muito estúpida e desnecessária, visto que, ao longo dos 291 episódios/semanas do anime, apenas três transformações foram mostradas, e agora, em dois filmes, vimos duas novas. E isso faz eu me perguntar: como resolver isso no vindouro novo anime (Dragon Ball Super)? Teremos uma transformação por episódio?

Por fim, Dragon Ball Z: O Renascimento de F entretém bastante, mas é profundamente falho. Não é terrível, não é o pior, mas definitivamente também não é o melhor dentre os 14 outros filmes da franquia.


AVALIAÇÃO: 2.5/5
"Regular"

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