ATENÇÃO: O TEXTO A SEGUIR TEM ALTOS NÍVEIS DE NERDICE. SE GOSTA DE TRANSFORMERS E, PRINCIPALMENTE, GOSTAVA DO ANTIGO DESENHO (E DAS HQs) DA TÃO AMADA "GENERATION ONE", SEJA MUITO BEM-VINDO!
Transformers: A Era da Extinção (Age of Extinction) está prestes a chegar aos cinemas do Brasil e eu pude conferir o filme em sua pré-estreia.
Nesse quarto filme que é, acreditem ou não, uma sequência direta de Transformers: O Lado Oculto da Lua (The Dark of The Moon), a ameaça Decepticon finalmente acabou e os Autobots pensaram que podiam buscar refúgio entre os humanos na Terra. O grande problema é que, quatro anos após a Batalha de Chicago (e a destruição mais que absurda da cidade) que acarretou a morte de centenas se não milhares de civis inocentes, a aliança Humano-Autobot foi quebrada e os Transformers começaram a ser caçados pelo governo americano como ameaças à humanidade. Logo nos primeiros minutos do filme, o médico dos autobots, Ratchet, é encontrado e atacado por uma equipe especial para a tarefa de caçar os Transformers, enquanto contam com a ajuda do
À primeira vista, o que praticamente "grita" em nossa frente são os novos personagens principais, sendo eles Cade Yeager, sua filha Tessa (Nicola Peltz) e seu namorado Shane Dyson (Jack Reynor). O elenco ainda conta com Stanley Tucci, Sophia Myles e Kelsey Grammer. O drama familiar se parece MUITO com outro filme de Michael Bay chamado Armagedom (Armageddon), é tudo muito parecido e, por que não, repetido. Logo no começo já é possível perceber que são personagens não muito diferentes de Sam Witwicky (Shia LaBeouf) e Mikaela Banes (Megan Fox), embora a atuação deles não seja nem de longe tão ruim quanto à dos anteriores (com uma exceção).
E, falando de atuação, ela é boa, mas não impressiona e nem cativa (com exceção da atuação de Jack Reynor. Ai meu Deus, ela é terrível!). E, embora a interação humano-transformer seja boa, nenhum dos personagens é cativante ou carismático e é bem provável que todos iremos esquecê-los em pouco tempo, prova disso é a relação entre os personagens que ao invés de crescer dentro de você, ela te irrita. É uma relação tão ruim que chega a ser cômica ao invés de convincente e realista. O destaque fica mesmo para os Cybertronianos que todos aprenderam a amar.
Todos sabemos que a franquia Transformers sempre foi dirigida pelo
Os efeitos especiais de A Era da Extinção dispensam comentários pois carregam o "selo Michael Bay" de excelência nesse quesito.
Outra característica marcante de Bay é o humor desnecessário e, infelizmente, ele também está presente por aqui. As piadinhas até conseguem te arrancar um ou dois sorrisinhos, mas depois de um tempo se tornam cansativas e chatas.
O destaque mesmo fica para os Transformers que estão presentes em menor número do que antes mas estão consideravelmente mais marcantes. Além dos já conhecidos Optimus Prime, Ratchet e Bumblebee, ainda temos os "novatos" (não pra quem já assistia o antigo desenho ou lia as HQs) Drift, Crosshairs, Hound e o já citado Lockdown, fora os nem tão clássicos Dinobots (já que quase todos não apareciam no desenho original) Scorn, Slug e Strafe, liderados pelo
Algo legal é ver que os Cybertronianos aparecem muito mais constantemente durante o filme, ao contrário dos anteriores, e de maneira ainda mais convincente. Isso nada mais indica que o filme provavelmente teve um orçamento astronômico e outra evidência disso é sua duração de quase 3 horas!
Uma coisa que vale citar nesse filme, assim como em todos os outros da franquia, é a dublagem de cada um dos Transformers que são excepcionais, com exceção da de Bumblebee que até hoje eu não entendi o porquê de fazerem o coitado falar através do rádio.
Em sumo, Transformers: A Era da Extinção pode se resumir em duas coisas:
Tecnicamente, é um filme ruim e descartável, com uma história péssima de tão simples, personagens sem carisma e efeitos sonoros absurdos o suficiente pra te causarem surdez temporária.
Já por outro lado, Transformers: A Era da Extinção é mais um filme 100% Fan-Service da franquia e há de agradar todos os fãs, principalmente os que cresceram vendo a Generation One, já que podemos ver os Transformers vivos e em conflito na grande tela. Até porque ver atual Prime, Optimus, montando em Grimlock pela primeira vez em tanta definição e realismo é de encher os olhos de todo e qualquer fã.
Ao meu ver, ele é o melhor da franquia — seja porque eu não fui mais obrigado a aguentar a tortura de ver Shia LaBeouf e sua atuação problemática ou porque os Dinobots finalmente deram as caras —, é consideravelmente melhor do que os fiascos A Vingança dos Derrotados (Revenge of The Fallen) e O Lado Oculto da Lua (Dark of The Moon), melhor que o primeiro filme (que foi bem bom) e essa nova trilogia começou muito bem, aos seus padrões, claro. O próprio Michael Bay disse em entrevista:
"(...) Podem dizer o que quiserem. O que eu faço é pelos fãs" e isso é a mais pura verdade. Os filmes da franquia Transformers são Fan-Service total e nunca agradam a crítica internacional. É necessário gostar de verdade dos robozões pra ver além de todos os problemas do filme e se divertir com o que está vendo. É um filme ruim? Sem dúvidas. É clichê? Também. Mas a questão é: alguém realmente liga ou só quer ver robôs gigantes lutando? Eu, sem dúvidas, quero só isso.
Agora ponha na balança tudo o que eu disse e decida: vale a pena ir ver mais um fan-service ou não?
NOTA FINAL: 2/5
"Autobots wage their battle to destroy the evil forces of the Decepticons...". Desenterrei? Pois é... |
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