Há três anos atrás, surgiam rumores de que a Bungie, criadora da mais que consagrada franquia Halo, estava trabalhando em um novo jogo totalmente diferente, depois de ter se separado da Microsoft e se tornado independente. Com o tempo, a empresa veio a público e revelou seu mais novo e mais ambicioso projeto: o badalado Destiny. O pessoal que já acompanhava o catálogo da empresa sabia que coisa boa estava por vir, já que Halo não era pouca coisa, nem em diversão, inovação e muito menos em história.
Destiny ainda não foi lançado, mas foi liberada uma versão beta para o público geral poder testar, em todas as plataformas. Eu fui atrás disso e aqui está o que eu vi:
Destiny é um shooter de ficção científica e misticismo — já assistiu Battlestar Galactica? E que tal a antiga trilogia de Star Wars? É, Destiny segue esses meios — e o game completo será lançado mundialmente no dia 9 de setembro para Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360 e Xbox One.
Enredo
Começando pela história do jogo, que não é tão grandiosa e complexa quanto a de Halo, mas que pode aumentar e melhorar ainda mais, embora não deixe de ser boa, complexa e grandiosa à sua maneira:
Há muito tempo, um construto esférico gigantesco chamado de "O Viajante" chegou à nossa galáxia, a Via Láctea, e iniciou a chamada Era Dourada do Humanos, em relação à tecnologia e exploração. O Viajante dividiu seus conhecimentos com a raça humana, o que nos permitiu expandir nossas fronteiras e colonizar quase que completamente o sistema Solar.
Essa era durou séculos a fio até que a humanidade começou a sofrer com a chegada de uma entidade maligna chamada de "A Treva" — uma antiga inimiga do Viajante, que o vinha perseguindo há milhares de anos — que começou a devastá-la. Os poucos humanos que sobreviveram retornaram à Terra e passaram a viver em um lugar chamado de "A Cidade", o último bastião de esperança da humanidade, que era agora constantemente protegida pelo Viajante, que desde então permaneceu silencioso e inativo.
A Cidade tem sido atacada constantemente por misteriosas espécies variadas de alienígenas, embora ninguém saiba exatamente seus propósitos. Você, como jogador, toma o papel de um Guardião. Os Guardiões são soldados encarregados encarregados de proteger A Cidade e a humanidade graças às suas capacidades de manipular a energia do Viajante para aumentar sua força, agilidade. Os Guardiões são, a grosso modo, supersoldados. E é assim que somo introduzidos ao universo de Destiny, quando nosso personagem é revivido por uma espécie de inteligência artificial chamada de Fantasma.
O enredo de Destiny não decepciona, de maneira alguma, e, levando em consideração a capacidade criativa do pessoal da Bungie, a coisa só tende a melhorar consideravelmente.
A jogabilidade
Mas o que realmente te atrai pro universo de Destiny é sua proposta juntamente com suas mecânicas. Destiny não é apenas um shooter qualquer, pode-se dizer de modo grosseiro que ele junta todos os aspectos bem-sucedidos de diversos jogos em um só pacote, como Borderlands, Mass Effect e Halo.
Destiny não se apresenta como um FPS convencional, já que incorpora mecânicas de RPG, progressão de nível, pontos de experiência, raças e classes diferentes. Além de ser ambientado em uma mitologia própria, com diversas culturas e costumes, assim como foi Halo.
Além de tudo isso, Destiny ainda traz uma jogabilidade diferenciada que alterna entre primeira e terceira pessoa em momentos determinados, e ainda mescla o uso de armas de fogo com poderes — que não são bem poderes. O mais correto seria compará-los aos biotics de Mass Effect — ainda de incorporar o uso de veículos, ataques físicos e os típicos pulos altos do personagem, trazendo uma dinâmica muito boa pro jogo, ao contrário dos FPS convencionais.
Como eu disse anteriormente, Destiny possui um lado RPG, que é muito bem-explorado. O dano que o jogador causa nos inimigos é mostrado em formas de números. Quando matamos um inimigo, somos recompensados com XP (pontos de experiência) que são usado para progredir de nível. Essa progressão é mostrada numa barra na parte de baixo de HUD. As armas não são coletadas do chão ou de inimigos. Aqui o jogador precisa comprá-las ou recebê-las como recompensa depois de alguma missão. O arsenal é bem grande, variando os tipos de armas. Temos metralhadoras, rifles, rifles de pulso, espingardas, metralhadoras pesadas, pistolas, lança-foguetes, granadas de vários tipo e muitas outras armas. O único item coletável aqui é a munição, que é dividida entre "Primária", "Especial" e "Pesada", assim como as armas.
Além de oferecer a visão em primeira pessoa durante os combates, o jogo também oferece a visão em terceira pessoa em um local do mapa chamado de Torre, e é aqui onde mais se parece com um MMORPG, por exemplo, já que podemos encontrar outros jogadores, conversar com NPCs, receber missões paralelas (que aqui são chamadas de Contratos) e vender ou comprar itens, sejam eles novas armas, novas armaduras ou upgrades para sua nave ou veículo.
Além disso ainda é possível interagir com outros jogadores. Através dos direcionais do controle nós podemos fazer gestos, acenar e até dançar. Ao melhor estilo dos MMOs como World of Warcraft, TERA, Star Wars: The Old Republic e etc.
E, como já falei anteriormente, Destiny apresenta classes para se escolher. São três classes no total e elas são "Titã", "Arcano" e "Caçador" e eles são os equivalentes aos clássicos "Guerreiro", "Mago" e "Ladino" dos RPGs medievais, por exemplo.
Enquanto o Titã, como o nome já sugere, se utiliza da força bruta, ataques físicos devastadores e manejo de armas pesadas, o Arcano se utiliza de armas menores e se aproveita principalmente da sua alta capacidade de manipular energia — ou, em outras palavras, a magia —, "conjurando" poderes. O Caçador utiliza uma faca e se sai bem melhor com o uso de snipers. Não há muita diferença entre as classes, pelo menos por enquanto. Sim, há evidentemente uma resistência maior no Titã ou uma agilidade maior no Caçador, mas nada realmente gritante.
O jogo também apresenta a customização do personagem, permitindo a escolha do sexo, a escolha da raça — que são três: os "Humanos", os "Exos" e os "Despertos" — e uma customização um tanto limitada do rosto do personagem, como a cor do olho, da pele e o estilo e cor do cabelo, etc.
Os modos de jogo
Na beta só é possível upar o seu personagem até o nível 8 e, a partir do nível 15, que só veremos na versão completa do jogo, nós poderemos escolher entre as especializações, ou subclasses, de cada classe.
Destiny oferecerá diversos modos de jogo. Na beta, tivemos o acesso ao Modo História, o Modo Cooperativo e o Modo Multiplayer, embora limitados. Foram quatro missões da história, duas missões cooperativas e apenas um modo de multiplayer.
No modo história nós podemos jogar sozinhos ou com a ajuda de mais duas pessoas na sua party para cumprir as quatro missões (Restauração, A Escuridão Interior, A Mente Bélica e A Última Matriz).
No modo cooperativo temos duas missões, uma de exploração (Explore o Cosmódromo) e um que se assemelha à Dungeons ou Raids dos MMORPGs, chamada de O Covil dos Demônios, que apresentas bosses e coisas do tipo.
No modo multiplayer competitivo só há um modo de jogo, o Controle, que se assemelha aos modos Conquest, de Battlefield, ou Domination, de Call of Duty. Nada de muito especial aqui.
O visual
Quando se fala de gráficos, podemos dizer com todas as letras que Destiny é um dos jogos mais bonitos dessa nova geração, se não O jogo mais bonito. O visual de Destiny é de impressionar. Os cenários são amplos e detalhadíssimos, como o céu cheio de nuvens ou a vegetação. A água do jogo, por exemplo, reage de maneiras diferentes dependendo do que interage com ela, o jeito que um personagem pisa numa poça d'água, a direção que ele vai... As texturas são muito bonitas também, as expressões faciais dos personagens, por fim, também é muito bonita, realista e convincente.
Tudo isso se soma ao fato de que o jogo ainda está em sua fase de testes, o que significa que pode melhorar ainda mais. Além disso, pra quem se importa com coisas do tipo, vale lembrar que a beta de Destiny está rodando em todos os consoles a 720p e 30 fps. Na sua versão final, a coisa vai ser 1080p e 60 fps.
A trilha sonora e a dublagem
A trilha sonora é orquestrada e dá sempre a sensação de grandiosidade, assim como em Halo, já que o compositor foi o mesmo: Martin O'Donnel.
A dublagem merece um destaque especial. A dublagem original está fantástica, com destaque para o dublador do Fantasma do jogador (aquela inteligência artificial) que é Peter Dinklage, o Tyrion de Game of Thrones.
O jogo está totalmente dublado e legendado em português localizado. Essa dublagem é boa, principalmente na história. Já o narrador do multiplayer parece ter sido tirado do Google Tradutor ou algo assim.
O veredito
Tanto a Bungie quanto a Activision vieram causando um grande alarde à respeito de Destiny. E, por enquanto, a beta tem convencido bastante. É divertida mas ao mesmo tempo é bem limitada. O gameplay é fluido mas Destiny ainda é um jogo que tem meses para ser completado e melhorado, mas ainda sim já se apresenta mais competente do muitos jogos AAA do mercado. A comparação com o outro gigante da Bungie, Halo, é inevitável e Halo ainda consegue superar em vários aspectos, mas estamos comparando uma franquia consagrada com um jogo novo que ainda nem chegou à sua versão final.
Há bastante coisa para ser melhorada, principalmente a inteligência artificial dos inimigos, que já é satisfatória mas ainda comete erros idiotas, e a dublagem em português. Então, resta esperar pela versão final.
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