Antes de continuar, vale a pena ressaltar que Max: The Curse of The Brotherhood não é o primeiro game de uma franquia e sim a continuação de Max & The Magic Marker, game muito divertido e criativo que está disponível para PC, OS X, Xbox 360, Playstation 3, iOS e Android.
Voltando ao game que dá título à essa análise...
Max: The Curse of The Brotherhood é um jogo de plataforma, feito em Unity (o que me impressionou bastante quando vi) e que tem uma proposta muito interessante, se não inovadora (e que cairia como uma luva no Wii U e seu gamepad). O jogo está disponível para PC, Xbox 360 e Xbox One (versão que eu joguei) e foi desenvolvido pela nem tão conhecida Press Play, que foi adquirida pela Microsoft em 2012. Qual é a desse jogo, vocês podem me perguntar.
A ideia de Max — e sua concepção também, diga-se de passagem — é simples e, de longe, é o que mais agrada. Ele "bebe da mesma fonte" que tantos outros jogos indies com simples ideias, como Limbo, Braid, Heart of Darkness e provavelmente o futuro Inside.
A história do jogo é muito simples (digna de filmes infantis, por que não?): Max é uma criança e sempre quis que seu irmãozinho chato desaparecesse. Um dia, esse "sonho" se realizou. Felix (irmão de Max) é levado por um ser malvado para outra dimensão e cabe a Max, que agora se arrependeu, ir salvá-lo. A história não vai passar disso. Nada de reviravoltas super-emocionantes ou contextos filosóficos por trás da simplicidade. É isso e pronto, e isso já é um ponto forte, e pode trazer bastante humor para sua experiência.
Essa ideia, do protagonista ser teletransportado para uma outra dimensão, rodeada de criaturas malévola e agressivas já foi explorada diversas e diversas vezes, e nem todos conseguiram fazer isso certo. Max: The Curse of The Brotherhood faz, e muito bem! Alguns gamers, principalmente da velha guarda, vão notar muitas semelhanças com o clássico de PS1 e PC, Heart of Darkness, da Interplay (hoje Blizzard), principalmente na premissa de uma criança ser transportada para outra dimensão e ter que enfrentar criaturas grotescas e hostis, embora Max seja um pouco suavizado no aspecto dos inimigos.
O mais legal é a jogabilidade, que se destaca pelo uso da maior arma de Max, que é uma caneta ou, no caso, uma caneta mágica que pode manipular o ambiente ao seu favor. Pouco tempo depois de chegar no mundo fantasioso, Max se encontra com uma velha bruxa "do bem" que explica o porquê de seu irmão ter sido levado para lá, e oferece lhe ceder seus poderes para que ele possa resgatar Felix. A única coisa que Max possui em sua mochila, no entanto, é uma caneta. Ao mostrar essa caneta para a velha bruxa, a mesma a transforma numa espécie de caneta mágica e é com essa caneta (que funciona de maneira muito intuitiva e fácil) que Max poderá criar coisas no ambiente que o ajudará a passar pelas fases, como plataformas de terra, cipós para se balançar ou galhos para escalar, dentre outros.
E é justamente nessa premissa (de desenhar no cenário para progredir) que o jogo consegue abrir um leque de puzzles que dão desafio ao game. E não são puzzles tão simples! Alguns são bem desafiadores e inteligentes e irão te prender por um tempo para resolve-los. Esses puzzles (assim como o resto da jogabilidade) são afetados, no bom sentido, pela ótima física do jogo, que incrementa ainda mais à experiência.
A parte visual de Max é muito bonita e chega a lembrar Braid, com cores vívidas e uma ótima direção de arte, porém em 3D. Foi também a parte que mais me impressionou, principalmente por ter sido feito em Unity. E mais, o game roda em 1080p à 60 fps!
Em sumo, Max: The Curse of The Brotherhood é um jogo ótimo, simples e muito viciante que chegou no momento em que ele era mais necessário. Ele é a válvula de escape dos títulos blocksbuster de tiroteiro de super-histórias que o Xbox One estava precisando e é uma adição mais que bem-vinda à família Microsoft Studios. E, vale lembrar que o jogo está de graça na Xbox Live para quem for assinante Gold, até o fim do mês. Corra e baixe o seu!
AVALIAÇÃO: 4/5
"Ótimo" |
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