terça-feira, 27 de maio de 2014

X-Men: Dias de um futuro esquecido - A adaptação da famosa HQ. O filme mais esperado do ano. (Crítica)


Crítica 1: Bruno Marques


Há tempos (ou mais precisamente: há 33 anos atrás), em 1981, surgia aquela que seria considerada uma das melhores HQs dos X-Men, da Marvel, e até mesmo de todos os tempos, por que não?

Uma HQ que focava nos X-Men e o genocídio total da raça de mutantes, além de mexer muito com viagens temporais. Há 33 anos surgia X-Men: Dias de um futuro esquecido (Days of Future Past, no nome original). HQ que serviu de inspiração para muitas outras fontes, e até mesmo para James Cameron para criar a famosa franquia de filme Exterminador do Futuro (Terminator).

Baseado em tudo isso, a FOX prometeu adaptar a famosa HQ para o cinema. Um desafio um tanto difícil (mesmo após a grande popularidade da história), principalmente depois da grande bomba que foi Wolverine: Imortal (The Wolverine), no ano passado.

Para realizar o feito, a FOX trouxe de volta ninguém mais, ninguém menos do que Bryan Singer, o mesmo diretor do bom X-Men e do aceitável X-Men 2, e produtor do excelente X-Men: Primeira Classe, para o posto de diretor desse novo longa. Conseguiram?

Vamos do princípio: X-Men: Dias de um futuro esquecido conta com um belíssimo elenco: não apenas traz de volta os veteranos Ian McKellen, Patrick Stewart e Hugh Jackman aos seus respectivos papéis de Magneto, Professor X e Wolverine, como também retorna com os excelentes Michael Fassbender e James McAvoy nos papéis de Magneto e Xavier, do passado.

A trama se baseia quase que completamente na HQ, com algumas pequenas alterações: Num futuro não muito distante, muitos dos mutantes são mantidos em campos de concentração ou estão mortos, enquanto um grupo deles ainda luta para sobreviver à ameaça crescente dos Sentinelas. É nesse cenário que Kitty Pryde (ou Lince Negra) tem a consciência enviada para o seu eu no passado, com o intuito de encontrar e avisar seus companheiros do futuro sombrio que os espera.

Aqui no filme, a alteração mais gritante é que, ao invés de Kitty Pryde, é Wolverine que é enviado ao passado, afim de tentar avisar seus companheiros e impedir o assassinato do criador dos Sentinelas, Bolivar Trask (Peter Dinklage) por Raven/Mística (Jennifer Lawrence).




Agora, à análise:

Eu não diria que o filme acerta "na mosca" em tudo que aposta. X-Men: Dias de um futuro esquecido é, além de muitas outras coisas, também um apagador dos erros que foram adicionados ao currículo da franquia ao longo dos anos, o que não são poucos. Afinal, X-Men é uma das franquias de cinema mais confusas de todos os tempos.

Em relação à trama, primeiramente, o fato de enviarem o Wolverine de Hugh Jackman para o passado foi uma decisão muito certa porque, não só o filme funciona muito bem com ele no papel principal de carregar a produção, como também o fato de que, se Kitty Pryde (Ellen Page) conseguiu carregar a HQ, ela não iria, de maneira alguma, conseguir carregar o filme nas costas. Ela não foi nem um pouco desenvolvida ao longo dos três filmes iniciais da franquia e nem Ellen Page nem ninguém do mundo conseguiria fazer o milagre de desenvolver a personagem em um filme apenas.

Mas, o roteiro é também aonde o filme mais peca de todos os outros pontos. É aqui que, mesmo tentando arrumar o máximo possível de erros canônicos criados ao longo da franquia, ele acaba criando mais alguns. Não entendeu? Eu explico:

Na história da HQ original, Kitty é enviada ao passado para impedir todos os acontecimentos dos Sentinelas, fatos que desencadearam após o assassinato do Senador Kelly. Aqui, no filme, os acontecimentos se desencadeiam após o assassinato de Bolivar Trask. Agora, enquanto eles respeitam o que fizeram nos filmes anteriores, já que Kelly morre no primeiro filme da franquia, eles criam mais problemas: Bolivar Trask já havia aparecido antes, no terceiro filme da franquia, e ele era um homem negro e nem tão velho. Aqui, ele é um anão, já com seus 30 ou 35 anos, na década de 70. Consegue entender?

Além de fazer o drama totalmente desnecessário de Charles Xavier durar um tempo absurdo no filme (mais ou menos como a Sony está fazendo com os pais de Peter Parker em O Espetacular Homem-Aranha).

É certo que podia funcionar a adição de mais "humanidade" ao mutante, mesclando, principalmente, a "perda" de sua "irmã" mais nova (Mística), a morte de quase todos os seus amigos e a traição, por assim dizer, do seu até então melhor amigo, o Magneto. Mas, não só acabou pecando como foi desnecessário. Seria muito mais viável, caso drama fosse realmente necessário, inserir um Xavier recentemente paraplégico. Esse sim seria um ótimo drama e sem necessidades de soluções mirabolantes apenas para tirar mais sentido do cânone principal. Era só seguir com a deixa de X-Men: Primeira Classe.




Fora tudo isso, temos as mais que fantásticas cenas de ação (que sempre foram o ponto mais forte da maioria das franquias de super-heróis no cinema, ou vai dizer que você não se empolgou quando Magneto retirou o submarino de debaixo d'água em X-Men Primeira Classe?). Os efeitos, as cenas, tudo é muito bem trabalhado, com um jogo de câmeras ótimo (como na cena em que Magneto retira as arquibancadas de um estádio). Isso te empolga e isso te segura pelo filme inteiro, sempre funcionou e sempre vai funcionar, é uma regra universal.

Como um bom filme de heróis (o que ele é), X-Men: Dias de um futuro esquecido funciona bem. Não superou seu antecessor (Primeira Classe), por assim dizer, e serve, principalmente, não para adicionar mais ao universo e sim para limpar todos os erros absurdos do passado e colocar a franquia na direção certa. Se tudo parecia perdido com Origens: Wolverine e Wolverine: Imortal, esse filme vem para mostrar que a franquia ainda tem força (mais do que antes) e que, sob a tutela de Bryan Singer, está trilhando o caminho certo para o desfecho em X-Men: Apocalypse.


NOTA FINAL: 3.5/5


Crítica 2: Danilo Lima de Oliveira


X-Men: Dias de um futuro esquecido é um filme de quadrinhos, viagem no tempo, heróis, mutações genéticas e robôs gigantes. Exatamente! Esse é o filme mais nerd possível! Mas é bom? 

Sim gente ele é bom! Ainda não superou o X-Men First Class, infelizmente, pois tinha potencial para isso, mas o filme foi muito bom sim.

A historia começa no presente com um visual apocalíptico futurista e em seguida os Sentinelas saem matando geral, e então alguns dos mutantes sobreviventes têm a ideia de mandar o Wolverine pro passado para assim impedir essa guerra, antes mesmo que ela comece (esse é o ponto central do filme, impedir que isso aconteça).

Ai você pensa: "então é só mais um filme do Wolverine que nem os outros X-Men" e acredite, a resposta é não, o filme é focado no Xavier e Magneto do passado (quase que uma continuação do Primeira Classe). O que melhora muito o filme, porque esses personagens Xavier/Magneto sustentam muito a historia, foi uma relação de amizade que funcionou perfeitamente no cinema. 

O roteiro do filme se trata de mostrar o que os mutantes e os humanos são capazes de fazer pela sobrevivência. Não é só focado em cenas de luta e efeitos, pelo contrário, o importante é os personagens e a história. O que deu muito certo, esse tom de ficção científica.




Um destaque especial para o ator do Magneto jovem (Michael Fassbender) que foi simplesmente genial em sua interpretação, ele conseguiu mostrar exatamente quem é o Magneto e o que ele quer e o porquê de agir assim, ele não exita, mesmo se ter que matar um amigo pelo bem da raça mutante, atirando na Mística para alcançar o que acredita ser o melhor. Além que ele humilha o Wolverine, quantas pessoas podem se gabar disso?

Quanto aos efeitos, diria que podemos resumir tudo isso para as cenas do Mercúrio, que foram incríveis! Uma pena o Mercúrio ter uma participação pequena no filme, porque mesmo com aquele visual tosco, o personagem ficou muito bom.

A maior importância do filme para os X-Men, foi a oportunidade de reiniciar o universo deles no cinema, já que no terceiro todo mundo morre, agora é esperar o próximo contra o Apocalipse e ver a equipe inteira de volta nas telas!


NOTA FINAL: 4/5

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